sexta-feira, 9 de novembro de 2012

NO TEMPO DO "CHUPACABRAS"...



Acho que fui a primeira pessoa a requerer se fizesse um B. O. sobre o assassinato de um cachorro em São Miguel Arcanjo.
Claro que a muito custo, pois o policial de plantão fez pouco caso e não se dispunha a lavrar a ocorrência, até perceber que nada me demoveria daquela intenção. 
No ano de 1.998, era comum presenciarmos pela cidade dessas ações malvadas praticadas publicamente por vagabundos e jovens usuários de drogas:  cachorros degolados com faca, amarrados e enforcados ainda vivos em cercas de arame farpado, como este da foto que tirei na ocasião. 
O B. O. fora elaborado, não para imaginar que os investigadores fariam qualquer coisa, mas por alívio e desencargo de consciência.
Quando saí da delegacia, com certeza, os policiais soltaram piadinhas. Ora, se assim eles fazem até com gente, imaginem com pobres e indefesos animais!
O cachorro em questão pertencera a meu pai; com o seu falecimento, passou a morar com minha mãe, até aquele fatídico dia.
"Mingau", como era chamado, não era de permanecer na rua por mais de meia hora. Aconteceu que num determinado dia ele não voltou para casa. No dia seguinte, também não. Foi no terceiro dia que ele entrou sangrando portão adentro. 
E quando percebemos, já agonizava, mas mesmo assim chamamos uma veterinária que atestou que seu pescoço fora degolado, de lado a lado,  com um instrumento cortante.
Até ela emocionou-se com a maldade que fizeram ao animal. 
De minha parte, só acho que o pedacinho de vida que restara ao "Mingau", ele desejou ardentemente passá-lo conosco.
Por que estou escrevendo sobre isto?
Porque acabei de reler a revista Super Interessante, edição de março de 2.011.
Você acredita que os animais também pensam?  


     



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