"Caminho assim, quem dera poder trafegar
num dia sereno,
longe da angústia diária,
na alma levando somente o presente
sem sombras passadas, sem vidas perdidas
que o espelho quebrou.
Que maravilha sentir a brisa no rosto,
os cabelos voando como nas sereias do mar...
Ser de novo criança
e correr pela estrada
soltando todas as risadas
que puder rememorar...
E dar cambalhotas,
sentar na terra,
deitar na areia,
auscultar o chão como fazem os índios...
Ah!
desenhar um céu com estrelinhas,
a lua, umas casas,
uma lagoa e os patinhos,
uma ponte e um pescador voltando pra cabana,
uma igrejinha...
Caminho assim, quem dera saber onde encontrar!"
Luiza Válio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário