domingo, 10 de setembro de 2017

ESTE FUNARO NÃO ME PARECE VERDADEIRO



1 – Ele diz que tem provas que o filho do ex-ministro Edison Lobão é sócio, através de laranjas, de várias pequenas usinas hidrelétricas no Pará.

2 – Ele diz que “tinha uma conta corrente entre eu e Geddel. Às vezes eu repassava valores quando solicitado e às vezes fazia remessas mensais”. Segundo ele, somente entre fevereiro de 2014 até maio de 2015 tem registros e comprovantes que repassou R$ 11,4 milhões a Geddel, provenientes de propina em negócios da Caixa onde o político baiano era vice-presidente.

3 – Ele apresentou documentos que comprovam que atuou para liberar junto à Caixa R$ 2 bilhões para uma concessionária do grupo Bertin na obra do Rodoanel de São Paulo. Nesta operação a propina foi de R$ 40 milhões. Segundo o delator foi dividida entre ele, Geddel e Eduardo Cunha.

4 – Ele escrachou Moreira Franco ao afirmar: “dando dinheiro Moreira faz qualquer coisa”. Segundo Funaro, com a ajuda de Moreira a CIBE obteve empréstimos de R$ 300 milhões. A propina de 4% foi dividida da seguinte forma: 60% para Moreira; 25% para Cunha; e 15% pra Funaro. O doleiro ainda disse que o operador de Moreira Franco na Infraero era André Luiz Marques, conhecido como André Bocão.

5 – Ele disse que Michel Temer sempre soube de tudo, se beneficiou de muito dinheiro e apontou como operadores do presidente quatro pessoas: José Yunes (ex-assessor especial), Wagner Rossi (ex-ministro da Agricultura), Marcelo Azeredo, além do coronel João Batista Lima Filho. Para Funaro, Yunes era o maior operador, e usou a empresa do coronel Lima para escoar propinas do contrato de Angra 3, enquanto Rossi e Azeredo operavam as propinas do Porto de Santos e outras.

6 – Ele apresentou documentos que comprovam o pagamento de propina, a pedido de Eduardo Cunha, aos seguintes políticos:

Michel Temer – R$ 1,5 milhão
Henrique Eduardo Alves – R$ 4,95 milhões
Sandro Mabel – R$ 2 milhões
Gabriel Chalita – R$ 9,8 milhões
Toninho Andrade (atual vice-governador de Minas Gerais (PMDB)) – R$ 9,8 milhões
Manoel Júnior – R$ 150 mil
Cândido Vaccarezza – R$ 700 mil
Soraia Santos (PMDB-RJ) – R$ 1 milhão
Alexandre Santos (ex-deputado do PMDB-RJ) – R$ 1 milhão
Marcelo Castro (PMDB-PI) – R$ 1 milhão

Funaro diz que a lista é muito maior e ficou de apresentar outros comprovantes envolvendo outros políticos.

7 – Ele mostrou documentos que comprovam que ele repassou 5 milhões de francos suíços do empresário Jacob Barata Filho ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB). O repasse foi feito a pedido de Eduardo Cunha na campanha de 2014, e saiu de uma offshore cujo nome é Tuindorp Enterprise, no Banco Audi, na Suíça. Ele informou até o número da conta. Após uma operação dólar-cabo, efetuada por um doleiro chamado Tony, a quantia foi sacada no Brasil e entregue ao senhor Milton, operador de Jorge Picciani. Para comprovar o que afirmou, além do extrato da conta, Funaro entregou as mensagens que trocou com Eduardo Cunha no celular que não foi apreendido pela Polícia Federal no dia da operação.

8 – Ele confirmou a versão que recebeu dinheiro para manter o silêncio sobre Michel Temer. Valor: R$ 100 milhões pagos por Joesley Batista, que tinha como intermediário Geddel Vieira Lima.

9 – Segundo disse, ele transferiu para Michel Temer, via Eduardo Cunha, R$ 13,5 milhões em propina sendo R$ 7 milhões da JBS, R$ 5 milhões de Henrique Constantino, do grupo Gol, e R$ 1,5 milhão do grupo Bertin.

10 – Ele aceitou pagar pelo acordo de delação premiada R$ 45 milhões, que serão em quitados em 10 parcelas semestrais, terá que cumprir dois anos em regime fechado, e mais 6 em prisão domiciliar, com regime progressivo a cada dois anos (fechado, semiaberto e aberto). Ele também se compromete a cumprir 4 anos de serviço à comunidade. 
Tudo isto e muito mais já está assinado e homologado pelo Supremo Tribunal Federal. 
Do Blog do Garotinho

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