No ano de 1.997, eu era responsável por uma coluna no "Jornal Cidade", de Itapetininga, a qual intitulei de "Bigwig".
No mês de outubro desse ano entrevistei Eduardo Tsukamoto, então vereador.
P - Considera-se uma pessoa tímida?
R - Eu sou.
P - Como também a política começou a fazer parte de sua vida?
R - Há dezoito anos como funcionário do Tribunal de Justiça, no Fórum trabalhei em vários setores: Juri, Execuções Criminais, Corregedoria dos presídios, na parte processual criminal, na cível e administrativa. Convidado pelos amigos do Fórum, em 1.992 entrei no último dia permitido para a filiação partidária, já saindo candidato a vereador, quando obtive 954 votos. Fui o mais jovem vereador da Câmara naquela legislatura.
P - Como conciliar funções tão diferentes como as que tem atualmente?
R - O desgaste é muito grande na tentativa de coordenar tudo isso, mas estou conseguindo. Deixei o Asilo ( Lar São Vicente de Paulo), do qual fui presidente. Deixei a presidência da Casa do Albergado para me dedicar um pouco mais às outras atividades. Meu maior desafio agora é cuidar do nosso Hospital. Ele é o espelho da nossa comunidade e temos que melhorá-lo para poder utilizá-lo nos momentos difíceis.
P - Os problemas do dia a dia já tiraram o seu sono?
R - Já perdi o sono muitas vezes, porque há uma vontade muito grande de sanar os problemas. Mas às vezes é algo que independe da nossa vontade.
P - Depois de uma eleição, as pessoas costumam cobrar muito dos políticos. Dá para administrtar isso?
R - No caso do Legislativo, o campo é limitado. Todos os projetos não podem gerar despesas para o Município. Mas a cobrança por parte da população é enorme. Ela espera que o político resolva grande parte dos problemas da cidade. Hoje, o povo está cansado de políticos profissionais que não fazem nada para a população. Mas não basta criticar os políticos. Tem que participar. Assim como existem políticos ruins, há também maus eleitores. Mas a verdade é que temos poucas pessoas sérias nos nossos governos.
P - Tem algum projeto que considere bom para Itapetininga?
R - O mês de setembro foi o mês da conscientização da comunidade aos portadores de deficiência física. Nosso projeto já aprovado pela Cãmara só precisa ser colocado em prática para que o deficiente tenha mais direito à cidadania: ele visa ao rebaixamento de nossas guias com rampas que possibilitem o acesso das cadeiras de rodas. Projeto futuro? Talvez para 1.998.
Um grande projeto: A "Casa do Cidadão", onde toda pessoa possa obter seus documentos, informações sobre seus direitos, sem ser pinguepongue nas repartições públicas e outros lugares. Essa Casa do Cidadão seria uma centralização de todos os órgãos que já existem.
P - E um balcão de empregos, não seria útil?
R - Inclusive. Tudo num lugar só.
P - Há pessoas que não aprovam o aborto em caso de estupro. Qual a sua opinião?
R - O aborto em caso de estupro já está definido em nossa legislação. Fico com a Lei.
P - E as drogas, por que os adolescentes ingressam no mundo das drogas?
R - Pelo despreparo da família, primeiramente. Os pais devem dar uma atenção especial aos filhos, saber de seu dia a dia, não trocar reuniões e nem muito trabalho pelo relacionamento e carinho que devem dar a eles. Os filhos devem respeitar os pais como amigos, com quem se possa contar. Por outro lado, a Mídia tem o grande poder de mostrar qual o verdadeiro caminho das drogas e tentar fazê-lo para minorar o sofrimento das famílias e crianças envolvidas.
P - Até o ano que vem, muita coisa acontecerá. Tem a intenção de candidatar-se?
R - É muito cedo para definir qualquer quadro. Existem muitos especuladores. Sou favorável a que os eleitores de Itapetininga elejam um representante, independentemente de quem quer que seja. Que os eleitores sejam competentes também para escolher esse representante.
P - Quem salvaria dum naufrágio: um médico, um advogado, um político ou um padre?
R - Salvaria qualquer pessoa que estivesse numa situação como essa, como salvaria também qualquer animal.
P - Para um coquuetel em sua residência, que político convidaria?
R - Antonio Carlos Magalhães, presidente do Senado. Muita gente o critica, mas se São Paulo tivesse um senador do seu porte, nosso Estado seria privilegiado, porque ele sempre buscou interesses da sua região.
P - Uma satisfação pessoal?
R - Foi quando presidi o Lar São Vicente de Paulo e a população itapetiningana me auxiliou (sitiantes, fazendeiros, empresários e festeiros). Mas não trabalho em cima de estrelismos e, sim, para o bem comum. É uma filosofia de vida que adoto.
P - Um sonho?
R - Que todo idoso tivesse um tratamento decente. Que família, população e governo dessem a paga ao trabalho de uma vida inteira.
P - E a família, como vê sua "performance"?
R - Sou muito ligado à família. Aliás, consigo resolver todos os meus problemas, desde que eu tenha o apoio de minha esposa e da minha família. E só tenho a agradecer.
P - Soubemos da viagem que fará a Brasília semana que vem. Qual o objetivo?
R - Fazer com que 1,3 bilhão seja encaixado no orçamento da saúde no exercício de 1.998. Estarei reunido com o Minstro do Trabalho, Pedro Piva, e com lideranças da Frente Parlamentar da Saúde, cujo presidente deputado Perondi é meu amigo.
P - Um presente para Itapetininga no dia de seu aniversário?
R - Vários presentes eu daria: nossa redenção com a duplicação da SP- 127; Hospital digno para a população; trabalho para a nossa gente; melhor atendimento para a agricultura. Porque o Brasil tem jeito e Itapetininga também. Também quero agradecer o presente recebido dia 22 do Hospital "Albert Einstein": um caminhão de equipamentos hospitalares usados mas de grande valia para o nosso Hospital. Trabalho do nosso administrador, Dr. Cícero de Oliveira.
OBS: O Secretário de Assistência Social de São Miguel Arcanjo chama-se André Luiz Rossettini, reside em Itapetininga e para cá foi enviado por empenho de Eduardo Tsukamoto.
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Senti falta da foto do secretário desconhecido dos vereadores Paulo e Marcos...
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