domingo, 8 de abril de 2012

PÁSCOA DIFERENTE.


Com a passagem para outra esfera da vida, infelizmente, feita pelos nossos avós, pais e parentes mais próximos, a Páscoa também deixou de ser a mesma.
Até o significado dela mudou.
Agora, Páscoa tem sabor de chocolate, de carne queimada esquecida na chapa da churrasqueira enquanto se enche a cara de aguardente e outras bebidas, ou se dança um tchan, um forró, uma "delícia".
Na sala, a televisão ligada, os truques para desviar a atenção familiar do reconhecimento da vida e da ressurreição dentro do lar.
Não há mais a mesa posta onde se juntam todos e os filhos agradecem cada qual a sua maneira pela refeição.
Está tão difícil colocar comida à mesa!
Tem até residência que não possui mesa na cozinha, quer dizer, não existe amparo para uma conversa amena e informal.
Não há mais paz para abrir o coração, muito menos companhia. 
Nesta Páscoa, o que muito me alegrou foi receber a ligação de um parente que não conheço pessoalmente, mas espiritualmente me toca de tal maneira que acho que o conheço há tempos.
Trata-se de Jairo Válio, do ramo de Elias Válio que era irmão do meu avô Major Luiz Válio. 
Elias Válio que escolheu Pilar do Sul para deitar seus galhos, sua descendência.
Jairo nasceu em Pilar do Sul, mas reside em Sorocaba desde a adolescência.
Filho do grande Gabriel Válio, é poeta, escritor, acadêmico, ambientalista, exerce o voluntariado em vários setores da vida cultural de Sorocaba, faz palestras anti-drogas nas escolas.
Só tem 77 anos de idade.
De sua lavra o "Nascente das Águas", lançado em 2.005 pela Editora Ottoni, onde traduz sua história que se mistura com a da terra natal. 
O autor vai enviar-me um exemplar do seu livro e este foi o meu maior presente neste Domingo de Páscoa.
Sem sombra de dúvida!



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