DE COMO O COTURNO PERDEU UMA BATALHA

Em São Miguel Arcanjo, a atual Rua Joaquim Ortiz de Camargo chamava-se Rua Capitão Alberto Mendes Júnior.

Justa homenagem ao PM morto aos 10 de maio de 1.970 pelos "terroristas" do grupo chefiado por Carlos Lamarca.

Conta-se que o ataque dos rebeldes foi uma derrota para o governo federal, motivada pelo despreparo do exército formado por jovens de apenas dezenove anos, somado com o barulho dos helicópteros, com a farda inadequada e com... os coturnos!

Eram esses coturnos utilizados pelos policiais impróprios para uma guerra.

Assim, oito militares foram presos, sete mortos e dezesseis se entregaram e se puseram a aguardar a ajuda do comandante, o Tenente Mendes Júnior.

Ao contrário de tudo o que se possa imaginar, ele entregou-se aos rebeldes e foi morto a golpes de coronhadas de fuzil.

O corpo só foi encontrado quatro meses depois e sepultado no cemitério do Araçá, em São Paulo. 

Este breve comentário foi só uma curiosidade: para dizer que o sapato chamado "coturno" é de origem grega e no Brasil foi muito utilizado nas décadas de 20/30, principalmente, por crianças e adolescentes.