O barracão que a administração mandou construir para, supostamente, abrigar o acervo da Associação Casa do Sertanista de São Miguel Arcanjo, está sendo chamado pela população da periferia e pelos próprios funcionários públicos que ajudaram a levantá-lo, de barracão do adubo.
O museu, que é particular, foi desativado desde que a prefeitura cedeu espaço no recinto da festa da uva cerca de um ano atrás.
Lá, o mesmo teve furtado grande parte do seu acervo: começou com o monumento ao boia-fria, depois, lá se foram discos antigos, moedas antigas nacionais e estrangeiras, toalhas de renda, utensílios de ferro, de barro, botijões de gás com gás, etc...
Alguns móveis acham-se estocados no imóvel recentemente construído; outros móveis e os livros da biblioteca que foram compilados junto à própria comunidade por Luiza Válio continuam na Fazenda São Miguel.
Para lá foram levados quando do "despejo" que a administração realizou para devolver o imóvel sito no recinto da festa da uva à colônia japonesa que detém a Associação do Produtor para que, a partir de agora, o utilize como bem quiser.
O pior é que a entidade ficou num impasse, pois a senhora presidente não tem como terminar a reforma do seu imóvel sito à Rua Cônego Francisco Ribeiro, 1.350, para que o acervo retorne para lá.
Nesse local permaneciam o Museu e a Biblioteca desde a sua fundação em 1.999.
Sempre fomos da seguinte opinião: se você gosta de uma coisa, não peça ajuda de nenhum poder público.
No caso da Associação, foi só ter um dedo do poder público na história e toda a história se partiu.
Mas fica aqui o agradecimento aos "vereadores" (?) que nunca tomaram conhecimento que em São Miguel Arcanjo havia um grupo que pensava em cultura sem pedir favor nem mesmo a eles.
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