terça-feira, 21 de agosto de 2012

DOS MENINOS POBRES.

Mas quem dera que a vida tivesse momentos bons para a realidade dos meninos nascidos em lares pobres, predispostos a toda sorte de maldade praticada pelos diversos tipos de homens grandes, sórdidos e miseráveis!
Quem dera que os homens grandes, os que fossem bons, adotassem esses pequenos seres incompletos a fim de prepará-los com engrenagens fortes o bastante para gáudio deles próprios e da sociedade que no futuro vai deles necessitar!
Quem dera que o sistema organizasse seus ramos de modo a alcançarem nas favelas das grandes e pequenas cidades esse potencial energético que, infelizmente, esconde-se no meio das pragas, sem chance de soltar-se delas, muito menos de encontrar caminhos para desviar- se de tanta dor!
Quem dera que o sistema livrasse esses meninos pobres do mal que faz habitação no coração dos homens grandes!
Mas como isso pode ser possível, se o sistema também faz parte do núcleo de homens grandes, de mãos muito mais grandes e gananciosas que, ao invés de socorrer, vai infeccionando, vai sufocando, vai espremendo, vai imolando, nem bem nascem para o mundo esses meninos pobres do meu país?

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