segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O SANGUE AZUL DA LIBERDADE.

Nós, que estamos sempre indo atrás e sentimos prazer em pesquisar, chegamos à conclusão de que a história das cidades, pelo menos no interior de São Paulo, nosso foco, se parecem muito.
Antigamente, havia um elo de grandiosidade no âmago das pessoas que as habitavam de tamanha força que até servia de alento àqueles lugarejos mais remotos, mais retraídos e até ignorados da região.
Desenvolvimento e progresso soavam como palavras de ordem desde que o colonizador chegava, fincando seu casebre próximo de fontes aquíferas murmurantes e terras boas para nelas  cultivar mandioca, milho, feijão.
Havia um brio tão forte no caráter das pessoas daquele tempo, uma união tão benéfica entre os povoadores do sertão que as gerações atuais jamais conhecerão do seu significado.
O patriotismo resumia-se no amor à pátria, à família, às tradições.
Auxiliavam-se uns aos outros não para obterem retribuições mais tarde, mas porque estavam todos irmanados pelo amor a Cristo. 
Com o tempo, porém, tudo isso foi perdendo a continuidade, ficando para trás, sem possibilidade de retorno.
As pedras impuras encontradas pelos caminhos geraram todo tipo de ódio, de falsidade, de traição, de ambição, sendo revertidos em conflitos e violências que estenderam-se ao longo dos séculos até este momento.
Como começou essa decadência?
De onde adveio a quebra desse laço tão maravilhoso e bom que fazia de todos, não importando distâncias, partícipes da grande família brasileira?
Começou, sem sombra de dúvida, com o próprio sistema de governo, com a política daquela época, que não permitia ideais contrários, por mais nobres que fossem, nem opiniões diversas daquelas por ele manipuladas.
Não fossem, porém, os exemplos deixados pelos nossos ancestrais, não fossem suas primeiras lições, e não teríamos conhecido a inalienável e extraordinária sensação de ver jorrando em nossas veias o sangue azul da liberdade.   

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