O Jornal do Senado de ontem comunicou que começa, a partir das 16 horas de hoje, nos espaços Ivandro Cunha Lima e Galeria Senado, uma exposição sobre os 25 anos da Constituição federal, promulgada em 5 de outubro de 1988.
A exposição relembrará momentos históricos da Assembleia Nacional Constituinte, através de painéis com textos e imagens de momentos relevantes da Constituinte e réplicas das edições anteriores de oito Constituições Brasileiras.
O objetivo é mostrar o valor histórico da Constituição, a importância do trabalho legislativo ao longo da história, especialmente para o desenvolvimento do país e sua organização política, social e econômica.
Lembro que, na ocasião, os debates entre os parlamentares eram bastante acalorados.
Havia muita divergência entre esses legisladores.
Todos os temas discutidos terminavam em rusgas.
E o cidadão brasileiro, pacientemente, esperava por uma Constituição que viesse de fato revolucionar a vida de todo o povo brasileiro e, através de leis e regras, garantir direitos, estipular deveres, estruturar, enfim, a organização política e social do país.
Afinal, no dia 5 de outubro de 1.988, ela foi promulgada.
Nessa época, trabalhávamos numa imobiliária no Itaim Bibi e, quando o saudoso Ulisses Guimarães mostrou a Constituição Brasileira já impressa à mídia que cobria o evento, paramos tudo o que fazíamos para enxugar uma lágrima que rolara inadvertidamente pela nossa face feliz.
Tínhamos uma nova e atualizada Constituição e esperávamos pelo melhor a partir dali e a caminho do futuro.
Todavia, como sói acontecer com todas as leis brasileiras, ela também mostrava-se sem muita firmeza, sem muita energia, apresentando inúmeros espaços em aberto e plena de vírgulas que teriam que ser preenchidos ou transformados através de decretos governamentais, o que vem acontecendo.
Novidade?
Nenhuma além de retornar ao povo brasileiro uma antiga capacidade: de ter o direito de escolher seus representantes através de eleições diretas.
Infelizmente, foi nessa novidade que a Carta Magna brasileira pecou.
Nem todo o povo brasileiro está ou vem sendo educado para discernir e escolher o melhor caminho ao seu país, ao seu estado, ao seu município.
Data venia, nem as suas próprias gerações.
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