domingo, 19 de maio de 2013

DE SILMARA MENDEZ:


Caros colegas e nobre mestre.
Deixo aqui a minha singela opinião sobre a participação popular. Como este fórum não tem um tema formal ao qual temos que responder, me dou o direito de expressar a minha análise pessoal.
É muito lindo, e até mesmo poético vermos as várias literaturas que preconizam as manifestações populares, e que impulsionam o povo a reivindicar seus direitos, que incentivam o mesmo a participar ativamente das administrações, estimulando a massa para se mobilizar fazendo da sua comunidade um lugar melhor. 
Grande utopia, grande quimera!
Todos se baseiam na falta de comunicação da população em relação a seus direitos. 
Concordo com isso para as pessoas que moram em lugares longínquos, onde não há nem energia elétrica, não possuem qualquer meio de incentivo a uma educação para aprender o básico, como ler e escrever, enfim, pessoas que estão à margem da uma vida digna e se encontram completamente abandonadas pelos seus governantes. 
Estes sim, podem se valer da “desculpa” de falta de orientação e informação. 
Agora, pessoas que possuem uma simples TV, que tem acesso a rádios, internet, jornais e revistas, virem a se cobrirem com o véu da ignorância é brincar com a nossa inteligência.
O que acontece nas grandes e pequenas cidades, é a preguiça, a falta de vontade, a mediocridade de pensamento, e principalmente o mais importante, o egocentrismo.
Por que a população tendo todas as informações não se mobiliza? A resposta é simples: - "Porque não irão gastar seu precioso tempo (que normalmente é gasto em coisas fúteis) em prol do seu vizinho, seu colega de trabalho e da população em geral."
É uma visão tão minimalista, tão mesquinha, porém, é o que realmente acontece.
Outra coisa muito comum é que, em épocas pré-eleitorais surgem vários manifestantes, que procuram os vereadores reivindicando os direitos de determinada localidade, fazendo uma agitação direcionada, para poder apenas usufruir dessa ilusão de “campanha em prol do apelo popular” para usufruir dos votos e se eleger a um cargo público.
Quem está lendo isso pode perguntar: - "O que você está fazendo para mudar essa situação? Afinal, falar é fácil, cadê a ação, uma vez que você está se especializando em Gestão Pública."
Eu respondo: - Nem eu e nenhum dos meus colegas que estão se especializando vamos conseguir mudar muita coisa. 
A cultura erradicada em fazer do povo “massa de manobra” faz com que somente as pessoas nascendo de novo, tendo uma educação voltada para o amor ao próximo pode mudar a atual situação. 
Não falo de religiosidade, e sim de conceitos morais e de respeito aos direitos do próximo. 
O que podemos fazer é lutar para que os mínimos direitos do cidadão sejam ao menos conquistados. 
E nós próprios, temos que ensinar aqueles que nos cercam (filhos, netos, sobrinhos), a grandiosidade que somos como transformadores da sociedade, e nos infiltrarmos nos meios populares e também nos órgãos públicos, sem nos deixarmos corromper, trabalhando para fazer algo de concreto.
Sem mais para o momento, essas são as minhas considerações.

Tive que responder um Fórum da minha pós sobre a participação popular. (odeio responder a esses fóruns...)
Eis aqui o que postei... 
Visto que eu ando muito "injuriada" com as pessoas somente "chovendo no molhado".

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