terça-feira, 14 de maio de 2013

NÃO GOSTA, NÃO TENHA NENHUM ANIMAL!





Quando eu era pequena, Deus que me livrasse da fúria de meu pai quando, sem querer, maltratasse qualquer animal doméstico. Assim, fui criada com supremo respeito pelos nossos irmãos menores perante a Natureza.
Sem essa de ter um animal de estimação; todos deviam pesar o mesmo peso na balança do tratamento e do cuidado.
Para se ter uma ideia, meu pai dava nome às vacas, aos cavalos, aos porcos e até às galinhas.
E tudo nome de gente.
Dizia ele:
- "Eles nascem, crescem, multiplicam-se, como a gente; depois morrem como a gente e, como a gente, viram pó. Então, são gente como a gente. Tem que ter nome de gente, sim."
Verdade.
Como é que eu ia contrariar aquele poço monstruoso e sagrado de tanta sabedoria que era meu pai?
O exemplo no qual me inspirei e o espelho no qual me espelhei desde a mais tenra idade, a essa altura de minha existência, faz parte da minha essência, do meu espírito, da minha vida e da minha sombra.
E vendo ontem no Programa do Datena o vídeo onde aquela mãe incitava o filho para que maltratasse o cãozinho, um poodle, daquele jeito, senti uma fúria como a que sentia meu saudoso pai.
Aquela gaucha moradora em um condomínio do Bairro Protásio Alves, zona norte de Porto Alegre, tinha que ser acorrentada pela goela e puxada pelas vias públicas de sua cidade.
Graças a Deus que o cãozinho, totalmente desacordado, foi levado pelo subsíndico a um veterinário e passa bem.
Ficaram na minha cabeça as frases ditas por aquela mulher que, com certeza, é uma desgraçada que quer também desgraçar seu próprio filho:
- "Todos os cachorros, todos os bichos que tu vês na rua a gente não trata bem. A gente vai e bate. Escutou?".
A qual demônio essa mulher quer agradar? 
As imagens foram registradas por vizinhos que pediram para não serem identificados.

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