terça-feira, 24 de setembro de 2013

IVO CERQUEIRA, MUITO OBRIGADA!




Ivo Cerqueira, natural de Sarapuí, região de Sorocaba, era filho de Otávio Cerqueira e dona Maria Amélia Medeiros Cerqueira. 
As coisas mais importantes na vida dele foram a família e o trabalho. 
Casou-se com a senhora 
Benedita Rosely Salem Cerqueira no ano de 1.966 e veio residir em I
tapetininga. 
O casal teve três filhos: Marcelo, José Octávio e Luciana. 
Ivo Cerqueira foi comerciante no ramo de secos e molhados, depois funcionário do Departamento de Estradas de Rodagem, mas foi reconhecido em toda a região ao dedicar-se à imprensa. 
Começou trabalhando no "Jornal Aparecida do Sul", e, junto com a esposa fundou em 1.969 seu próprio jornal, a "Folha de Itapetininga", que circulava em mais de uma dezena de municípios da região. 
Seriedade e imparcialidade sempre foram a tônica do seu jornalismo. 
Grande parte das conquistas de Itapetininga e dos municípios vizinhos, teve inicio com o seu trabalho. 
Consolidada a "Folha de Itapetininga", adquiriu o centenário jornal "Tribuna Popular", restabelecendo sua tradição. 
No dia 29 de junho de 2.007, com 67 anos de idade, Ivo Cerqueira deixou de existir, mas sua marca de grande empreendedor jamais será olvidada. 
O deputado estadual Chico Sardelli propôs, através do projeto de lei número 575, de 2.013, que o Viaduto localizado no Km 117,900 da Rodovia Raposo Tavares, no município de Araçoiaba da Serra, tenha o seu nome. 
Merecidamente. 
Porém, Chico Sardelli, ao fazer a justificativa para o seu projeto de lei, esqueceu de dizer que São Miguel Arcanjo tornou-se conhecida como Capital da Uva Itália através de Ivo Cerqueira, pois foi ele quem criou, exclusivamente para a cidade, o jornal "Folha de São Miguel Arcanjo". 
Na "Folha de São Miguel Arcanjo" tivemos notícias tristes, como a morte de Servino de Oliveira; alegres, como os Festivais de Música Popular Brasileira; alvissareiras como a inauguração de Hospital, de Centro Cirúrgico, de Escolas, de Caixa D Água, de Quadras e de Piscinas. 
Entrevistas com personalidades da época. 
Mensagens do Padre Francisco. 
Desfiles e fanfarras nas escolas. 
Nosso Vinho. 
Nosso Café. 
Nossa Empresa de Ônibus. 
Ficamos sabendo que o Zezinho da Padaria viu um disco voador passando por aqui. 
Teve notícia de muitos Aniversários. 
Muitos Casamentos. 
Bodas de Prata. 
Bodas de Ouro. 
Notícias policiais. 
Cine-Teatro São Miguel no apogeu de sua história. 
O local onde hoje está a Rodoviária era apenas um campo de futebol. 
Naquela época, a fotografia era grátis para quem não tinha dinheiro e desejava tirar seu título de eleitor. 
Quem tomava conta da Assistência Social na cidade era um grupo de Mulheres abnegadas e queridas. 
O extinto Banespa fazia churrasco regado a muito uísque e molho de pimenta. 
O "Cantinflas" é quem anotava as multas a serem enviadas pela prefeitura para aqueles que deixavam o quintal sem capinar. 
Tempo das brigas entre as duas Arenas, uma dos Fogaça e outra dos França. 
E o Cassiano Vieira, desatando o nó, depois que se libertou de Nestor Fogaça. 
Tinha o Cabo Vieira que não dava moleza no trânsito a nenhum filhinho de papai. 
A Primeira Feira de Arte Popular. 
As Tanajuras. 
As Cetras. 
A Turma do Apito. 
O Pedro Bé. 
O Osmar Rodrigues dos Santos. 
O Roque Mariano Ribeiro. 
Quem, se não IVO CERQUEIRA, para contar a nossa história e os sonhos de uma geração? 
Muito obrigada, IVO CERQUEIRA! 
A década de 70 foi muito melhor porque VOCÊ, IVO CERQUEIRA, a retratou para nós. 
Alguns exemplares da "Folha de São Miguel Arcanjo" tenho-os guardados a sete chaves e já estou pensando em 
postar alguns fatos dessa época que foram retratados pelo extinto jornal. 

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