A intenção da Presidência da Câmara de tentar aprovar a minirreforma eleitoral a tempo de valer para a disputa de 2014 naufragou.
Na noite de ontem, deputados manobraram para o texto não ser votado e, com isso, atrasaram a tramitação.
Mesmo que o projeto seja aprovado hoje, ainda precisará voltar para o Senado, já que a matéria acordada pelos parlamentares prevê modificações na versão original.
Para entrar em vigor já para as próximas eleições, a proposta precisa ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff até 5 de outubro – um ano antes do pleito.
Em reunião na tarde de ontem, líderes concordaram em analisar a matéria, desde que fosse retirado o ponto mais polêmico, que permite a concessionários de serviços públicos doarem recursos para campanhas.
Mesmo assim, partidos como PSOL, PT e PSB trabalharam, desde o início da sessão, pela derrubada do texto.
- “Nós não podemos vender gato por lebre e enganar a população. Essa reforma não é o pouco mas necessário. É o nada e pior”, sustentou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
O líder do PMDB, favorável à proposta, rebateu, afirmando que, por mais que não fosse a proposta ideal, era melhor aprová-la a não ter nada.
“Ficou claro que não conseguimos legislar sobre nós mesmos. Não funcionou até hoje, não vai funcionar agora. Vamos votar o que é possível”, disse.
Texto de Juliana Braga.
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