sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

CHEIRO DE PRESENTE NO AR



Pode-se dizer que as festas de Natal e Ano Novo servem como um lenitivo para tudo o que possa existir na sequência de mais uma etapa de vida.
Aquilo que não cogitamos fazer durante o ano inteiro, ousamos, então, neste momento: usar todos os verbos que signifiquem descarrego e voltar a sentir as mais ingênuas sensações, de tal modo que o espírito se torne leve de novo.
Que bom podermos presentear, e tendo a quem presentear, mesmo que nos alarme o apito vermelho do gerente do banco!
Que bom chegarmos com os braços cheios de presentes para rever parentes e amigos que não víamos há tempos!
É como se fossem mudos pedidos de desculpas, de amor inconfessado, de carinho não demonstrado, de beijos que não foram dados, de saudades que estavam inconscientemente contidas dentro de nós.
Não pode haver coração que resista a um mimo embrulhado em papel colorido, com laço e dedicatória.
Já pensou como seria triste o Natal - e mais ainda as festas de ano novo - se não tivéssemos mais ninguém para presentear?
Como a gente precisa desses momentos!

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