quarta-feira, 28 de maio de 2014

SOCIEDADE DOENTE

A história daquela moça que, auxiliada pelo namorado, acabou com a vida do próprio pai, comoveu e desconcertou o Brasil?
A ilustre desconhecida, até então apenas mãe da assassina, hoje acabou transformando-se em legítima repórter: postou-se diante das câmeras da televisão Record e da Bandeirantes e abriu o baú de sua existência - e que ínfima vida! - para desafogar sua própria culpa.
Sim, porque não é possível que uma mãe não sinta nenhuma culpa num caso como esse, e, claro, em milhares de outros casos idênticos que a cada dia transtornam a sociedade como um todo.
Mas como transtornar uma coisa que já está demasiadamente adoentada?
Datena ou Resende não são psicólogos; correm apenas atrás do seu IBOPE, mesmo que para isso - ridículo! - irradiem a mesma notícia num mesmo exato momento.
E vai assim o povo perdendo tempo, desfiando seus terços de contas formados pela depressão, pelas ansiedades diárias, pelo descontrole no gerar filhos, pelo despreparo nos casamentos, pelo falso apego, pelos remédios passados pela mídia, pelo desapego que acaba gerando tanto desamor.
As pessoas já perderam toda a sua sensibilidade, não sabem auscultar seu próprio coração e muito menos conseguem identificar aquilo que lhes possa fazer bem ou mal fazer.
Teriam perdido até mesmo a noção do que seja a dor!?
Como sonâmbulas, não conseguem mais comer ou dormir em paz, porque convivem com inimigos mortais nas suas próprias casas; inimigos que ali foram postos por elas mesmas.
Quem vai sofrer por elas?
O resto da sociedade?
O governo?
Com certeza, só Deus, porque Ele é Pai, mas em outra esfera!     

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