Conhecido também como amassa-barro, barreiro, forneiro, joão-barreiro, maria-de-barro, oleiro e pedreiro, o joão de barro, na língua dos índios era ógaraitig, proveniente de óga (casa) e raitig (ninho).
Conta uma lenda guarani que, no recesso da floresta vivia um jovem e belo caçador, em companhia de seu velho pai.
Certo dia, por ali passou uma cantora, por quem o jovem se deixou cair de amores.
Segundo as leis da tribo, porém, logo que um donzel alcançasse a idade viril, deveria submeter-se a uma pesada prova de resistência.
O vencedor seria obrigado a casar com a filha do chefe guarani, o rubichá.
O final da prova consistia em encerrar o mancebo entre couros, onde passaria nove dias em jejum.
O jovem vencera todas as provas e agora era o único que sobrevivia.
No entanto, quando os juízes descerraram os couros, notaram, com espanto, que o jovem caçador minguava e minguava, e cada vez mais fazia-se menor, até que se transformou num pequeno ógaraitig. Dos couros, saiu logo voando para uma árvore bem próximo dali, de onde desferiu um canto alegre e gargalhante.
Assim foi que, pelo amor daquela cantora que ele havia conhecido, renunciava à filha do cacique, pois esta ele jamais amaria.
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