O debate promovido pela Band foi o primeiro a permitir um duelo de verdade entre os candidatos que chegaram ao segundo turno. As anotações que se seguem compõem o resumo da ópera.
Aécio Neves é articulado e trata o idioma com carinhoso respeito. Dilma Rousseff tortura a gramática, desfere pontapés na ortografia e não consegue convencer o sujeito a andar de mãos dadas com o predicado.
Provido de uma cabeça sem avarias, ele se expressa com clareza, raciocina com agilidade e lida muito bem com improvisos. Portadora de um cérebro baldio, ela amontoa frases que não fazem sentido porque vivem procurando inutilmente o verbo que sumiu, um adjetivo arredio ou o ponto final que teima em não chegar e, sobretudo.
De bem com a vida, Aécio sorri e acha graça com naturalidade. Amargurada com o que vê no espelho, Dilma é uma carranca prenunciando permanentemente outro chilique e pertence à tribo que não entende a piada.
Aécio quer fazer em escala ampliada o que fez em Minas. Dilma promete fazer o que poderia ter feito nos últimos quatro anos.
Ele diz verdades sem medo. Ela mente mais do que respira, atestam os dois vídeos abaixo.
Político honrado, o neto de Tancredo Neves ataca de peito aberto a corrupção institucionalizada pelos farsantes no poder. Chefe do governo mais corrupto da história, a melhor amiga de Erenice Guerra faz de conta que jamais tolerou a ladroagem que sempre protegeu.
Comandante da própria campanha, Aécio ouve com atenção as ponderações de parceiros confiáveis mas é sempre ele a última instância. Decide o caminho a percorrer e diz o que pensa. Incapaz de andar com as próprias, Dilma transformou Lula em babá de avó e recita o que ordena o marqueteiro amoral.
Quem assistiu ao debate viu um homem com jeito de presidente e uma mulher com cara de quem desconfia do desemprego iminente. O debate na Band pode ter consumado a demissão.
Atualizado às 03:30 horas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário