Bolívia, o porto seguro
Em vez de ir a Davos, para explicar à comunidade financeira internacional o que seu governo fará para tirar a economia brasileira do buraco, a presidente Dilma está preferindo ir para a Bolívia, a fim de prestigiar a posse de seu companheiro Evo Morales, já assumindo o terceiro mandato. Em La Paz, a presidente brasileira não precisará se preocupar em explicar o crescimento próximo a zero, a inflação alta e a corrosão das contas públicas do país, como teria que fazer em Davos. Não duvido que Evo a leve para um passeio pelas ruas, onde Dilma certamente seria aplaudida por bolivianos agradecidos pelos milhões transferidos pelo governo brasileiro ao país vizinho. O ar rarefeito de La Paz, no momento, parece mais respirável a Dilma do que os ares tóxicos daqui.
Pátria educadora, qual o quê!
A colunista sobre direitos do consumidor da "Folha", Maria Inês Dolcci, alerta: estudantes que dependem do FIES para cursar universidades privadas correm o risco de perder o semestre. Isto porque, como ela explica, a maioria não tem dinheiro para pagar do próprio bolso a faculdade escolhida até que o site do programa do governo para financiamento estudantil volte a funcionar para o cadastramento dos interessados. Após o endurecimento das regras do Fies pelo governo, e do contingenciamento de verbas feito pela equipe econômica, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação tirou o sistema do ar e não fixou prazo para que ele volte a funcionar. Esta é a "pátria educadora" de Dilma? A que penaliza quem quer estudar e não têm condições de pagar uma faculdade? Com a palavra, o Ministério Público.
Do blog do Jefferson
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