O professor Peter Rhee, junto do pesquisador Samuel Tisherman, comprovou que é possível manter o corpo em estado ‘suspenso’ por horas, fazendo que a vida da pessoa seja retomada após esse período de inatividade.
De acordo com uma reportagem produzida pela BBC Future, o procedimento, já testado com animais, consiste em retirar todo o sangue do corpo e esfriá-lo até 20 graus abaixo da sua temperatura normal.
A operação de “ressuscitação” funciona da seguinte forma: a
pós a retirada de todo o sangue do corpo do paciente, os médicos focam na cura da pessoa. Quando o problema no corpo do paciente é resolvido, o sangue volta a ser bombeado, reaquecendo lentamente o sistema.
Segundo as pesquisas, quando a temperatura do sangue chega a 30 graus, o coração volta a bater.
Com os testes feitos em animais, foram notados poucos efeitos colaterais quando eles despertaram.
A técnica é baseada na ideia de que baixas temperaturas mantêm o corpo vivo por mais tempo.
O sangue é retirado e no seu lugar é colocada uma solução salina que ajuda a rebaixar a temperatura do corpo para algo como 10 a 15 graus Celsius.
Em teste com porcos, cerca de 90% deles se recuperaram quando o sangue foi bombeado de volta ao corpo. Cada animal passou mais de uma hora em estado ‘suspenso’.
Após as operações, foram realizados vários testes para avaliar se houve dano cerebral aos animais e, aparentemente, nenhum porco apresentou problemas.
Este ano, Tisherman anunciou que está pronto para fazer testes com humanos.
As primeiras pessoas submetidas aos testes seriam vítimas de armas de fogo em Pittsburgh, na Pensilvânia. Nesse caso, são pacientes cujos corações já pararam de bater e que não teriam mais chances de sobreviver pelas técnicas convencionais.
Contudo, no caso de experiência com humanos, um dos problemas a ser contornado é ver como os pacientes se adaptam com o sangue de outra pessoa.
Os porcos receberam o próprio sangue congelado, mas no caso dos humanos será necessário usar o estoque do banco de sangues.
Se der certo, os médicos acreditam que a técnica poderia ser aplicada não só em vítimas de lesões, como tiros e facadas, mas em pessoas com ataque cardíaco.
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