BRASIL, HOJE:

Dilma Quebra-Barraco 

Em meio ao barulho da lista de Janot, Dilma vai à TV defender as medidas de ajuste fiscal que está tomando. Não se sabe se ela repetirá as mentiras contadas nas eleições 2014, mas certamente não falará que o déficit criado ao longo de seu primeiro mandato chega ao triplo do déficit registrado no fim dos anos 90, quando FHC fez o ajuste e saneou as contas públicas. Nos critérios da própria Dilma, que dizia que o país quebrou três vezes com o PSDB, o país acaba de "quebrar". Terá Dilma a capacidade que FHC demonstrou ter para consertar o estrago? 

De mal a pior 

Pesquisa divulgada hoje pelo "Estadão" mostra em números como será difícil a vida da presidente Dilma no trato com o Congresso Nacional nos próximos meses. Levantamento realizado pelo jornal em parceria com a consultoria Arko Advice mostra que 64% dos deputados reprovam o modo Dilma de governar, e 49% avaliam ser "ruim" ou "péssima" a política econômica da presidente. Mas pior que isso foi a nota média dada pelos parlamentares à atuação da presidente Dilma: 3,8, sendo que a nota 4 foi a mais indicada (19%), com a nota zero em segundo lugar (15%). Os resultados mostram que não será nada fácil para Dilma aprovar no Congresso as suas medidas de ajuste fiscal. E quanto mais cair a aprovação popular da presidente, mais subirá o índice dos deputados que a rejeitam. O mais incrível é que o segundo mandato está só começando. 

Assinamos embaixo 

"Os mais recentes movimentos de Lula nada mais são do que uma tentativa de desatrelar-se das trapalhadas da presidente para continuar se apresentando como o herói das classes desfavorecidas na luta contra "eles" - isto é, contra os supostos conspiradores, representantes das "elites" que tramam a queda de Dilma e, mais que isso, urdem a derrota do PT e de seu projeto redentor. Lula nunca teve pudores de abandonar pelo caminho seus companheiros de viagem, quando isso foi necessário para a manutenção de seu projeto de poder. Dilma é apenas mais uma. Quando Lula incita seus sabujos a atacar os opositores da presidente nas ruas, não é Dilma que ele está defendendo, mas a si mesmo". Trecho do editorial do "Estadão" deste domingo, sob o título "Confusão é tudo o que Lula quer". 

DO BLOG DO JEFFERSON EM 08/03/2015.