Este livro não tem capa desde que cheguei a lhe por as mãos no início do século XXI.
Pertenceu ao comunista Victorio Emanuel Martorelli, um jornalista de Santos, conforme se vê escrito com sua própria grafia, na primeira página que tenho do livro.
Nessa época, ele deveria residir em Botucatu.
Até hoje não se sabe como é que esse livro - e alguns outros que pertenceram a Victorio - veio parar em São Miguel Arcanjo e justamente em minhas mãos.
Fui pesquisar junto ao Google para saber como teria sido a capa do livro editado pela Companhia Editora Nacional no ano de 1932, com revisão e prefácio de Homero Pires. Veja ao lado.
O autor Raimundo Nina Rodrigues, Pai da Medicina Legal no Brasil, defendia que negros e índios não poderiam ser iguais perante o sistema penal brasileiro.
Descendente de judeus, foi um grande cientista e dos maiores intelectuais de seu tempo.
Nasceu em 1862 no Maranhão e faleceu em Paris, quando representava o Brasil num congresso internacional, no ano de 1906, sendo sepultado na Bahia.
Foi um profissional de muitas faces, estudando e trabalhando em diferentes áreas como antropologia, etnologia, sociologia, psicologia, direito, epidemiologia, saúde pública, sexologia, criminalística, medicina legal e clínica médica.
Com as suas pesquisas foi o precursor do estudo do negro no que diz respeito à sua origem e cultura, os quais naquele momento da história eram incompreendidos pela população. Taxaram-no de racista, o que não era, absolutamente.
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