Mágico de araque
Segundo a colunista Vera Magalhães, no "Painel" da "Folha", o ex-presidente Lula teria avaliado que a crise de popularidade de Dilma seria "recuperável", mas que isso só aconteceria caso o governo demonstrasse maior "atitude". E para preencher esse vácuo de "atitude", Lula está estimulando o PT a ir para as ruas amanhã, no protesto organizado por CUT, MST e UNE, tanto para se reaproximar dos movimentos sociais como para tirar o partido das cordas e, segundo ele, "ajudar Dilma".
Essa última justificativa, obviamente, é pura cascata.
Lula não está preocupado com o governo Dilma, mas sim com a sua eleição em 2018.
O ex-presidente tem plena consciência de que o desgaste de Dilma o puxa para baixo, e prova disso está na sondagem divulgada semana passada pelo Instituto Paraná Pesquisas. Segundo a pesquisa, se a eleição de 2018 fosse hoje, Aécio ganharia de Lula, que só teria 17,9% dos votos.
Portanto, o ex-presidente sabe que Dilma está presa ao seu pé tal como uma âncora, arrastando-o para o fundo do mar.
Ao fingir que está tentando ajudar a presidente, Lula tenta fazer uma nova mágica, de parecer que não tem nada a ver com os erros do atual governo.
Resta saber se o povo ainda acredita nos surrados truques do ex-líder das massas.
Ainda é pouco
Em entrevista à "Folha de S.Paulo", o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, (tomou posse hoje), disse que chamará as universidades federais, que ficam com a maior parte do bolo do orçamento da pasta, a colaborar no esforço de melhorar a qualidade do ensino básico (fundamental e média), principalmente por meio do modelo à distância.
O diagnóstico nos parece correto, mas a dose do remédio, não, já que insuficiente.
Mas em tempos de ajuste fiscal, isto é, de penúria de recursos, pode ser que seja o que é possível fazer.
De qualquer forma, não nos enganemos: está longe de se converter em ação inovadora com potencial suficiente para diminuir a dívida que o Estado tem com a educação do povo brasileiro.
Até aqui, o País tem sido um arquipélago de ilhas de excelência que atendem a diminutas partes da população.
A dívida não será paga em um único mandato, mas em sucessivos compromissos com as gerações futuras.
Brado continua retumbante?
A semana começa com a perspectiva da realização de diversos protestos, tanto contra como a favor do governo.
Pra amanhã estão programadas as manifestações dos movimentos sociais, que, associados ao PT, reclamarão do ajuste fiscal sem, no entanto, criticar a "chefa" do governo. Para domingo, estão sendo convocados às ruas os insatisfeitos com Dilma e o PT.
Como não houve nenhum acontecimento de peso desde os protestos de 15/3, a dúvida é saber se mais ou menos pessoas irão às manifestações de domingo.
Terá o grito das ruas perdido a força?
Transcrito do Blog do Jefferson.
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