sábado, 2 de maio de 2015

PARA SÍLVIA ELIANA:


Foi o e-mail de Sílvia Eliana, no dia 30 de abril, que me inspirou o pensamento que está na postagem anterior.
Veja a declaração dela à mãe Edméa Saraiva, 89 anos de idade, falecida no dia 03 de abril, em Itapetininga, ela que era filha de Violeta e Ângelo Botani, viúva de Diomar Saraiva e deixou quatro filhas: Lídia, Célia, Sílvia e Elizabete. 
Dona Edmea está sepultada no Cemitério da Saudade, em Santo André e, com certeza, continua olhando pelas filhas queridas.
Obrigada, ELIANA, por utilizar o Portal Terra dos Passarinhos para mandar virtualmente o seu recado de amor filial. 

Ela era o tipo de mãe que cuidava dos filhos sem sentir-se dona deles. 
Ela não dava palpites nas decisões das filhas e quando tínhamos dificuldades bastava telefonar pra ela e dizer: - Mãe, me benze.
Ela foi criada para ser esposa, mãe e avó. 
Quando ficou viúva, até tentou continuar nesse papel. 
Mas ela conheceu uma pessoa, que não era do agrado da família. E foi aí que ela assumiu o que desejava. 
Contra tudo e contra todos, assumiu um relacionamento. 
E não sei dizer se ela foi feliz ou não, mas ela não queria perder aquela pessoa. 
Infelizmente, ele teve que partir porque ela precisava de cuidados e ele, idoso também, não conseguia tomar conta dela. E ela não aceitava empregada, pois tinha ciumes dele. 
Parecia coisa de adolescente. 
E então eles tiveram que se separar. 
E ela nunca aceitou ser "abandonada". 
Caiu em depressão e no dia seguinte já não andava, não queria comer, e não levantou mais da cama. 
Com o tempo ela foi esquecendo. Creio que foi Deus que o tirou da memória. Pelo menos parecia que ela não lembrava mais ou se lembrava não falava. 
E assim ela foi indo embora, aos poucos, uns dias muito irritada e revoltada, outros dias calma e até feliz. 
Hoje vejo que ela foi muito ousada.
Fez, o que queria. Não ouviu opiniões de ninguém. 
Essa era minha mãe.
Edméa Saraiva. 
Minha mãe querida. 
Que a senhora esteja em bom lugar, com espíritos de luz te orientando. 
E que meu amor chegue até aí, onde a senhora está. 
Muito Obrigado por ter sido minha mãe. 
Eliana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário