quarta-feira, 3 de junho de 2015

PENSAMENTOS KAFKA:

Franz_Kafka_from_National_Library_Israel


Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece.

Não desesperes, nem sequer pelo fato de não desesperares. Quando já tudo parece ter acabado, novas forças surgem em marcha, e isso significa precisamente que estás vivo. E se não vierem, então acabou tudo por aqui e de uma vez para sempre.

Existem dois pecados capitais, dos quais todos os outros derivam: impaciência e indolência. Por causa da impaciência os homens foram expulsos do paraíso, por causa da indolência eles não voltam. Mas talvez só exista um pecado capital: a impaciência. Por causa da impaciência eles foram expulsos, por causa dela eles não voltam.

O caminho verdadeiro passa por uma corda que não está estendida no alto, mas sim sobre o chão. Parece disposta mais para fazer tropeçar do que para que cada um siga o seu rumo.

Quem quer que não consiga dar-se bem com a sua própria vida, enquanto vive, precisa de uma mão para afastar um pouco o desespero sobre o seu destino – não consegue muito -, mas com a outra mão ele pode anotar o que vê entre as ruínas, porque vê coisas diferentes (e mais coisas) do que vêem os outros; afinal, morto como está durante a sua própria vida, ele é o verdadeiro sobrevivente. Isto faz que ele não precise das duas mãos, ou de mais mãos do que as que tem, na sua luta contra o desespero.

Franz Kafka, escritor da Tchecoslováquia, que morreu há noventa e um anos, com apenas 41 anos de idade. Tuberculose.

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