quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ORIGEM DA FAMÍLIA NORONHA

Família das mais ilustres da Península Ibérica, tem raízes toponímicas, sendo o nome tirado da vila com essa designação, outorgada em condado pelo rei D. Henrique II de Castela, Rei de Castela, ao seu filho natural Afonso, conde de Gijón e Noronha, também referido como D. Afonso Henriques, havido antes do casamento em D. Elvira Iñigues de la Vega.
D. Afonso, conde de Noroña e Gijón, nasceu em Burgos em 1378 tendo casado com D. Isabel de Portugal (1364 - 1395), senhora de Viseu, filha natural do rei D. Fernando I de Portugal.
Todos os filhos deste casal passaram a Portugal na primeira metade do século XV, sendo órfãos e menores, chamados por seu tio D. João I, onde foram providos de grandes casas e ricos senhorios.
O primogênito, D. Pedro de Noronha, foi arcebispo de Lisboa e teve filhos legitimados por carta real, com geração, nomeadamente, nos condes dos Arcos e marqueses de Angeja. O seu irmão D. Fernando casou com a filha herdeira do primeiro conde de Vila Real, Dona Brites de Menezes. Deste casamento descendem, em linha direta, os Noronha-Menezes, ou seja as famílias que usaram sucessivamente os títulos de Marquês de Vila Real, Conde de Linhares, Conde de Valadares, Marquês de Torres Novas e Conde de Parati. 
Outro, D. Sancho de Noronha, foi o 1º conde de Odemira. A única filha, D. Constança de Noronha, foi duquesa de Bragança pelo casamento.
Passaram aos Açores, Ilha Terceira, no século XVI na pessoa de D. Luísa de Noronha, filha de Pedro Ponce Leão, fidalgo da Casa Real e veador-mór da raínha D. Catarina, e de D. Helena de Noronha, da nobilíssima geração dos Noronhas.
Tinha esta família o seu solar na cidade de Angra, no alto da Rua do Gallo (hoje denominada de D. Amélia), no sítio onde atualmente existe o Palacete Silveira e Paulo que foi pertença do comendador João Jorge da Silveira e Paulo.
Fonte: Jornal A Janela, de Fátima Noronha.
 
 

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