Semana passada, passei em frente ao imóvel onde funcionava a Secretaria de Educação, em São Miguel Arcanjo, à Rua Campos Sales, 372, propriedade da Associação Cultural e Recreativa São-miguelense (colônia japonesa), por simples curiosidade.
Queria saber por que é que a prefeitura ainda não devolveu o prédio que alugava aos japoneses.
Claro que depois do que vi, creio que vai ser preciso um tempo para reformar tudo antes de devolver o imóvel.
Quando cheguei à porta, um barulho medonho vinha lá de dentro: era apenas uns rapazes brincando com extintores de incêndio, na maior farra.
Vizinhos me disseram que o local está se transformando num clube infantojuvenil; que dias atrás, uma menina foi atacada por dois moleques quando usava o banheiro.
Nas segundas, quartas e sextas, tem uma senhora que fica por ali, na coordenação, "a dona Cidinha, que é assistente social", disseram.
Mas ela vem ali só para olhar, não tem projeto nenhum, como alegam.
Mas ela vem ali só para olhar, não tem projeto nenhum, como alegam.
Outra pessoa que também se diz responsável pelo projeto inexistente é uma psicopedagoga; não obtive o nome dela.
As crianças e adolescentes que frequentam o local são tipicamente problemáticos que não gostam de estudar, que são discriminados na escola e pela sociedade, levando-se em conta que nem a família lhes dá crédito. Existe uma sala que usam para tocar violão, outra para jogar xadrez, tem até computador para saber-se lá acessarem o que...
Quem conhece a senhora assistente social, dona Cidinha, sabe que ela é da opinião que o jovem tem que ser livre.
Claro, dona Cidinha, livre para aprender a ser útil, livre para aprender a cavar seu espaço, livre para tentar mil maneiras de construir um futuro e, claro, afastar-se das drogas.
Que tal, dona Cidinha, assessorar essa meninada que não vem de um mundo de sonhos a aprender coisas básicas para sobreviver?
Levá-los a parar de sonhar, porque o sonho só leva ao caminho da perdição quando não se realiza a contento.
Parar com esse mundo de mentiras, porque, afinal essa meninada carente e discriminada, como dizem, só serve para dar emprego, e a senhora sabe disso.
Urge que pensem num trabalho manual, que faz muito bem para os que tem cuca leve; o resto é baboseira de gente que se diz civilizada num Brasil que já perdeu há muito tempo o caminho da boa educação e da boa cultura.
Ademais, vivemos num município que não traz oportunidade nenhuma para gente estudada, que dirá para quem não se liga em caneta e livros, não é mesmo?
Oxalá se resolva a situação dessa molecada antes que o prédio seja depredado.
Que tal, dona Cidinha, assessorar essa meninada que não vem de um mundo de sonhos a aprender coisas básicas para sobreviver?
Levá-los a parar de sonhar, porque o sonho só leva ao caminho da perdição quando não se realiza a contento.
Parar com esse mundo de mentiras, porque, afinal essa meninada carente e discriminada, como dizem, só serve para dar emprego, e a senhora sabe disso.
Urge que pensem num trabalho manual, que faz muito bem para os que tem cuca leve; o resto é baboseira de gente que se diz civilizada num Brasil que já perdeu há muito tempo o caminho da boa educação e da boa cultura.
Ademais, vivemos num município que não traz oportunidade nenhuma para gente estudada, que dirá para quem não se liga em caneta e livros, não é mesmo?
Oxalá se resolva a situação dessa molecada antes que o prédio seja depredado.
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