Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo
Cartão-postal da cidade de São Paulo, a Catedral da Sé, na região central, amanheceu ontem tomada por pichações favoráveis ao aborto, após ato realizado contra o Projeto de Lei 5.069/2013, de autoria do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A proposta dificulta o acesso ao aborto legal às vítimas de estupro.
Padres que administram o templo repudiaram o ato de "vandalismo".
Frases como "se o papa fosse mulher, o aborto seria legal" e "tire seus rosários dos meus ovários" estavam entre as pichações.
Frases como "se o papa fosse mulher, o aborto seria legal" e "tire seus rosários dos meus ovários" estavam entre as pichações.
No início da noite de anteontem, a manifestação contra o projeto começou na Avenida Paulista e terminou por volta das 21h30 na Praça da Sé.
A Polícia Militar informou que 3 mil pessoas participaram do ato, enquanto a organização do evento estimou 15 mil.
Segundo nota divulgada pela Arquidiocese de São Paulo, as pichações foram feitas após o término do ato.
Segundo nota divulgada pela Arquidiocese de São Paulo, as pichações foram feitas após o término do ato.
Portas e paredes foram pichadas.
"Diariamente entram na Catedral centenas de pessoas de culturas e credos variados que são acolhidas fraternalmente. Por isso, lamentamos e repudiamos a pichação ocorrida na noite de 30 de outubro último", informou a Igreja, em nota assinada pelo padre Luiz Eduardo Baronto, cura da Catedral Metropolitana, e pelo padre Helmo César Faccioli, auxiliar do cura.
Provocação. A nota destaca ainda o valor arquitetônico e artístico das instalações da Catedral da Sé e denominou a ação dos manifestantes como uma "provocação destrutiva".
Provocação. A nota destaca ainda o valor arquitetônico e artístico das instalações da Catedral da Sé e denominou a ação dos manifestantes como uma "provocação destrutiva".
---------- "A liberdade de expressão, reivindicada historicamente pela Igreja Católica em nosso País, não justifica ato de vandalismo."
Uma das organizadoras do protesto, a programadora cultural Jaqueline Vasconcellos disse que o ato "não representa o pensamento da manifestação".
Uma das organizadoras do protesto, a programadora cultural Jaqueline Vasconcellos disse que o ato "não representa o pensamento da manifestação".
------------ "Mas entendemos e nos solidarizamos com as mulheres que se manifestaram contra a instituição. Entendemos que a Igreja Católica é um instrumento do patriarcado", afirmou. Jaqueline disse, porém, que não é "contra nenhuma religião".
Um boletim de ocorrência foi registrado no 8.º Distrito Policial (Brás) no fim da tarde de ontem.
Um boletim de ocorrência foi registrado no 8.º Distrito Policial (Brás) no fim da tarde de ontem.
Até as 20h50, ainda não havia informações sobre a identificação de autores das pichações nem prisões.
A limpeza das paredes e portas da Catedral da Sé está prevista para ser realizada hoje.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
UOL NOTÍCIAS
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