domingo, 6 de dezembro de 2015

BOM DOMINGO!

Chuvisca em São Miguel Arcanjo...
Quando isso acontece, retorno algumas décadas da vida - nossa! quando se fala em décadas, dá uma dor no fígado da gente, não é mesmo? - porque significa vida que vai indo embora sem retorno - 
Pois então, que bom é poder retornar no tempo ao menos através das saudades!
Deve ser muito triste não ter saudade de nada, não é mesmo?
Pois então, na impossibilidade de sair para brincar no terreiro do Sítio Bom Retiro, no Bairro do Moinho onde morávamos minha família e eu, quando chovia, debruçava-me à janela e ficava a cismar, olhando os pingos d`água que ficavam retidos nas folhas das laranjeiras; em dias de sol, ficavam forradas de passarinhos coloridos. 
- As aves que aqui gorjeiam...
- Não importa quais...
- Tem gente que detesta o cantar dos passarinhos...
Aí, no sossego deste domingo, enquanto aguardo que meu filho volte da feira com a alface que ele adora, ponho-me a pensar na historinha, escrita em 2007, pela portuguesa Lídia Jorge, O Grande Voo do Pardal, onde o protagonista chamava-se Henrique Gaspar, que não gostava de pardais, mas que tudo fez quando encontrou um pardalzinho agonizando em seu lindo jardim.
Se puder encontrar esse livro, leia.
Vai ver como é bom a gente descobrir que é capaz de amar muitas outras coisas além de nós mesmos.
DESCUBRA-SE!

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