terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

ATÉ ADVOGADO CAIU NA TRAMA DA PIRÂMIDE...

 

 

 

 

 

 

 

Lilian Grasiela, JCNET
A Polícia Civil apura suposto caso de pirâmide financeira em Pirajuí (58 quilômetros de Bauru) através da venda de “pacotes de adesão” de empresa com sede em Hong Kong. O modelo adotado para aliciar “investidores” é semelhante ao de outros dois programas de marketing multinível (MMN) que estão sendo investigados em todo o país. Suspeitos que atuam na cidade serão ouvidos nos próximos dias.
--------- “Pelas informações preliminarmente obtidas, há indícios de que se trata de um produto que não tem existência física, em que pessoas são aliciadas e enganadas para investir na aquisição desse produto, conhecido como a velha pirâmide”, relata o delegado titular de Pirajuí, César Ricardo do Nascimento. “Da mesma espécie do antigo Telex Free e BBOM”.

Como ocorreu nos casos anteriores, segundo ele, as pessoas são orientadas a investirem capital com promessa de ganhos mensais muito superiores a investimentos tradicionais. Os primeiros a aderirem têm facilidade de conseguir benefícios. “Quando não se encontra mais investidores, a pirâmide não se sustenta e cai, deixando prejuízo para muitos”, alerta.

O delegado revela que várias vítimas na cidade sofreram prejuízos com a adesão a pacotes da empresa. “Fica o alerta da Polícia Civil de que, possivelmente, se trata de uma pirâmide, para que as pessoas não caiam nesse golpe”, declara. “Se houver vítima que se sentir lesada, vamos confeccionar boletim de ocorrência para apuração dos fatos”.
Entre as vítimas já identificadas da suposta pirâmide em Pirajuí, estão um advogado, um despachante, um pecuarista e um vendedor. No primeiro caso, a vítima teria aderido a “plano de investimento” em aplicativos de celulares via internet e pago R$ 7.075,00, com a promessa de retorno de 480,00 euros mensais por doze meses.
O vendedor do pacote também teria prometido bônus extra de 150,00 euros ao advogado a cada novo investidor que ele conseguisse convencer e informado que ele poderia sacar suas parcelas a partir de 1 de dezembro de 2015, o que não ocorreu até o momento. O nome da empresa não foi divulgado pelo fato do caso estar sob apuração.

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