domingo, 14 de fevereiro de 2016

DO BLOG DO JEFFERSON:

 
A carochinha e seus contos
Depois de fazer uma defesa um tanto quanto morna do ex-presidente Lula ("ele está sendo objeto de grande injustiça"), Dilma se animou mais ao falar da iniciativa de seu governo para o combate a focos do mosquito Aedes aegypti, que ela liderou, no Rio de Janeiro. Depois de exaltar o "sucesso" da megaoperação, que envolveu ministros e até o presidente do Banco Central, a presidente, com o triunfalismo típico do PT e na linha do "nunca antes", afirmou que sua administração corre atrás de décadas de abandono na questão do saneamento. Dilma disse ainda que quando ela chegou ao governo, o investimento em saneamento básico era em torno de R$ 2,5 bilhões anuais. "Agora, esse valor chega a R$ 20,5 bilhões por ano". Estudo apresentado no início do ano pela CNI, entretanto, desmente a presidente. O documento afirma que, no ritmo atual de investimentos, somente daqui a quatro décadas o país atingirá a meta prevista no Plano Nacional de Saneamento Básico, e este atraso se deve à baixa média de destinação de recursos no setor. A CNI mostra que a média de investimentos por ano, na última década, é de R$ 7,6 bilhões, e seria preciso elevar este número para R$ 15,2 bilhões anuais. O que Dilma vem investindo em saneamento, portanto, está longe dos R$ 20 bilhões que ela propagandeia. Mas, como se viu na campanha de 2014, falar a verdade não é mesmo praxe da "presidenta".

O Brahma e suas obras
Na defesa do patrão, o Instituto Lula emitiu nota na qual condena a "violação da privacidade" do líder do PT, e cita legislação que determina que "ex-presidentes são responsáveis pela guarda e preservação do acervo que acumularam no cargo". O Instituto afirma que parte deste material foi enviada ao sítio de Atibaia. Pela imprensa se soube que do "acervo" de Lula constam 37 caixas de bebidas. São as obras de arte que o ex-presidente vai pendurar em sua parede: rótulos de Velho Barreiro, 51, Pirassununga, Pitu, e por aí vai. Que triste exemplo.

Cortar ou não cortar, eis a questão
A equipe econômica vem quebrando a cabeça desde janeiro, mas ainda não conseguiu definir onde irá promover cortes no Orçamento para tentar garantir algum superávit nas contas públicas neste ano. Havia a expectativa de que os cortes saíssem ontem, mas o governo resolveu deixar para março o anúncio da revisão orçamentária. Há quem diga que não há mais onde cortar, e os programas sociais terão que ser sacrificados para que o governo não tenha mais um ano de déficit. Dilma está numa situação complicada. Se promove o ajuste e corta verbas dos programas sociais, terá que se entender com o PT e seus partidos satélites. Se mantém os gastos e acelera programas por conta do ano eleitoral, poderá provocar novos rebaixamentos da nota de crédito do Brasil. Ou seja, se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. A presidente vai decidir ficar ou correr?
 
Fonte: Blog do Jefferson

Nenhum comentário:

Postar um comentário