Para sabermos um pouco sobre ele, voltemos nas três primeiras décadas da história da Medicina em Presidente Prudente, quando a Ginecologia e a Obstetrícia, bem como a Medicina Geral e a Cirurgia Geral, pela maioria dos colegas em atividade na época.
Embora de formação generalista, alguns médicos destacavam-se como ginecologistas e pela sua extrema habilidade como parteiros.
Era o caso dos Drs. Domingos Cerávolo, Gabriel Costa, José Foz, Aristóteles de Oliveira Martins, Ennio Botelho Perrone, Odilo Antunes de Siqueira, Jacomino Cerávolo, Moacyr Cestari, Oswaldo Tiezzi, Miyao Kataoka e o Dr. Gabriel Costa Neto, que tem em seus arquivos mais de 5.000 partos registrados.
Com o passar dos anos chegaram Edvar da Costa Galvão, Sisuvo Iamada, Dauto de Almeida Campos, José de Almeida Válio, Suhail Taufik Tuma, Rams Maluly entre outros. E estas especialidades ficaram definidas, juntamente com outras, como a Pediatria, Urologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia, usando recursos mais modernos - RX, Ultrassonografia, Laparoscopia, etc.
Com relação à prática de partos cirúrgicos, era comum a cesárea corporal, até que a técnica de cesárea segmentar, mais moderna e fisiológica, usada pela primeira vez em Presidente Prudente pelo Dr. Costa Neto.
Nos dias atuais estas especialidades estão muito bem delineadas, havendo colegas que se dedicam somente à Ginecologia ou à Obstetrícia como atividade principal.
Em janeiro de 1997, a Dra. Aldinéia Martins lança seu livro "Menopausa sem mistérios: As mais recentes descobertas".
No que se refere às doenças malignas, até meados da década de sessenta, as pacientes eram encaminhadas para hospitais especializados de São Paulo. Atualmente pratica-se o tratamento em Presidente Prudente, tendo em vista os recursos que a cidade possui.
O primeiro ambulatório de Prevenção do Câncer Ginecológico, em Presidente Prudente, foi criado em 1967, na Santa Casa.
O provedor na época era Adail Almeida Lima e com os seguintes médicos: Drs. Osvaldo Tiezzi, Suhail Tuma, Edvar da Costa Galvão, Nilda Galvão, Dauto de Almeida Campos, Rams Maluly, Roberto Tiezzi, Ismael Novo Reigota e José Moraes Válio.
O atendimento constava de consulta e exame colposcópico.
Em 1971, com a vinda do Dr. Antônio Plácido Pereira, o primeiro anátomopatologista da cidade, começou a fazer também o exame citológico de Papanicolau. Este ambulatório era destinado somente a mulheres carentes.
O grande problema, na época, era com a questão dos tratamentos rádio e quimioterápicos, pois as pacientes sem condições financeiras teriam que ser enviadas para São Paulo.
Em 1976, chegou o primeiro quimioterapeuta, Dr. Fernando Gomes de Melo e cria o Instituto Rh.
No ano seguinte, chega o Dr. Roberto de Arruda Almeida, radioterapeuta, e por interferência de Antônio Servantes, à frente de um grupo de médicos, consegue a doação de um terreno da Prefeitura Municipal, sendo prefeito o Sr. Paulo Constantino.
No local foi instalado o Instituto de Radioterapia.
A Rede Feminina de Combate ao Câncer de Presidente Prudente começou a trabalhar ativamente na prevenção do câncer ginecológico, indo com ambulatórios ambulantes para a periferia. Montou sua sede e hoje tem um Centro de Repouso, onde recebe pacientes da região para tratamento químio e radioterápico.
Esta Rede criou instituições similares na região: Rancharia, Presidente Epitácio, Adamantina, Osvaldo Cruz, Dracena, Mirante do Paranapanema e Teodoro Sampaio.
Mais tarde, o Estado encampou a prevenção, porém as voluntárias da Rede continuam suas atividades até hoje.
O primeiro trabalho científico sobre o assunto, em Presidente Prudente, foi realizado em 1976, pelos Drs. Edvar da Costa Galvão, Nilda Galvão e Antônio Plácido Pereira, com o título de "Análise estatística e comparativa de 1662 exames preventivos de câncer do colo do útero em clínica particular".
Foi apresentado no Congresso da Sociedade Brasileira de Patologia Cervical Uterina e Colposcópia em 27/06/76, no Rio de Janeiro, e publicado na Revista de Ginecologia Brasileira vol. 9 nº, set/out. de 1977.
Em 1985, Dr. José Renato Sampaio Tosello apresentou Dissertação de Mestrado sob o título "Estudo das ocorrências das lesões displásicas e do carcinoma do colo uterino na 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo", junto ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade de São Paulo.
Nos dias atuais, a prevenção e o tratamento do câncer ginecológico e de mama são realizados em toda a população.
O tratamento do câncer de mama ganhou novo impulso com a entrada do Instituto de Radiologia realizando mamografias, ultrassonografias, agulamento e PAAF com auxílio de ultrassonografia.
Fonte: Emubra