sábado, 9 de abril de 2016

EXISTE GENTE QUE NASCE PARA MATAR


Crianças e adolescentes não tendem a matar pelos mesmos motivos que adultos - dinheiro, amor ou vingança, por exemplo.
A especialista Carol Anne Davis, que em seu famoso livro Children Who Kill ("Crianças que matam") perfilou assassinos com idades entre 10 e 17 anos, afirma que muitos desses jovens são produto de famílias desestruturadas.
- "A maioria das crianças que estudei cresceram em lares profundamente disfuncionais, com pais que tinham formas brutais de educar, eram viciados ou fanáticos religiosos."
No caso das meninas de Hartlepool, a mais nova fugira de casa aos 12 anos, após uma série de brigas com a mãe.  
A outra, que tem um QI muito abaixo da média e foi descrita no julgamento por um cuidador como "a pessoa mais volátil com quem trabalhei", tem um histórico bem mais difícil: viveu em uma série de lares postiços e protagonizou múltiplos episódios de autoflagelo. Horas antes do crime, ouviu de sua mãe biológica que deveria se matar. Aos 11 anos, começou a consumir, por meio da mãe, drogas como anfetaminas e sidra com alto teor alcoólico. Tem cinco irmãs de diferentes pais, das quais três estão presas - uma delas por atacar a mãe e romper seu baço com um taco de golfe. Desde crianças, as irmãs foram ensinadas a acreditar que havia um fantasma na casa em que viviam. Desde a noite do assassinato, ela sofre alucinações que a fazem acordar gritando e vendo sangue no teto. A jovem tentou se matar algumas vezes desde a prisão, ouve fantasmas de meninas pequenas e acredita que homens estão gritando com ela por meio do chuveiro e dos vãos de ventilação no teto.

Quebra-cabeça

No entanto, um lar difícil, desorganizado ou uma educação abusiva não conseguem explicar, por si só, por que pessoas tão jovens se tornam assassinas.
Um exemplo é a morte, em 2014, de uma professora de Leeds, também na Inglaterra. 
O responsável foi um aluno de 15 anos que, segundo o promotor, tinha "pais decentes e responsáveis, que dolorosamente tentavam entender como e por que seu filho se tornou quem ele era".
O garoto não demonstrou nenhum remorso: 
----------- "Eu não estava chocado (após esfaquear a vítima). Eu estava feliz. Eu senti orgulho. E ainda sinto", disse a um psiquiatra. 
 
Fonte: UOL 

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