sexta-feira, 20 de maio de 2016

BRASIL HOJE NA OPINIÃO DE ROBERTO JEFFERSON


A lei neles!
Integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) voltaram a bloquear diversas estradas federais e estaduais no Paraná nesta semana. 
Em protesto por conta da desocupação de uma fazenda que havia sido invadida, os sem terra fecharam as estradas, ocuparam praças de pedágio, e não contentes em queimar pneus para impedir o trânsito, também atearam fogo em veículos e tratores roubados de propriedades rurais. 
A Polícia Militar do Estado agiu prontamente, retirando os bloqueios e cumprindo medida judicial de reintegração de posse para a fazenda. 
Se o MST, o MTST e outros querem protestar contra o que quer que seja, que o façam sem prejudicar a vida dos brasileiros ou sem destruir o patrimônio público e privado. 
Mas se atuarem de forma criminosa, que sejam enquadrados na lei, como qualquer cidadão. 
Não se trata de "criminalização dos movimentos sociais", mas de criminalização de quem comete crimes contra a ordem pública, contra o patrimônio e contra a sociedade em geral. 
A lei vale para todos, inclusive para eles.

Não perdem a mania de mentir
Lula, que tem evitado aparições públicas, concedeu entrevista a um canal de TV espanhol, e, como não podia ser diferente, disse que está em curso no Brasil um "golpe" contra a democracia e o Estado Democrático de Direito. 
Depois de criticar o "show midiático" e dizer que pode ser candidato em 2018 (se os seus problemas com a Justiça não atrapalharem), o ex-presidente completou afirmando que "Um dia a história deste país vai reconhecer que, graças ao PT, Lula e Dilma foi possível se ver de forma transparente as contas públicas deste país". 
O encrencado ex-presidente só podia mesmo contar essa cascata em uma emissora estrangeira, desavisada sobre a realidade das contas públicas no nosso país. 
Senão vejamos: o governo Dilma enviou uma proposta orçamentária para este ano com previsão de superávit de mais de 20 bilhões. 
Depois, começou a rever sua meta fiscal e, antes da decisão do afastamento de Dilma, o ministro Nelson Barbosa já falava em déficit de 96 bilhões. 
A nova equipe do presidente Michel Temer, desde que assumiu a Esplanada, se debruçou sobre as contas, e depois de um rápido pente-fino, descobriu que o rombo pode ultrapassar os R$ 200 bilhões. 
Essa é a transparência nas contas festejada por Lula?

Ideia de jerico
Há um grupo de deputados e senadores que tentam levar à frente a votação de uma PEC para antecipar eleições. 
O PT pega carona junto a esse grupo para tentar, de um lado, fustigar o presidente Michel Temer, numa atitude do tipo "se a gente não pode, você também não pode", e de outro, para alimentar o sonho de eleger Lula novamente. 
Uma declaração de ontem do ministro Gilmar Mendes, entretanto, coloca água no chope dos que querem novas eleições. 
Segundo Gilmar, o corte de recursos do orçamento afetou seriamente a capacidade de o TSE realizar as próximas eleições municipais, de outubro. 
O novo presidente da Justiça Eleitoral afirma que faltam 250 milhões para garantir a realização das eleições. 
Ou seja, o orçamento de 2016 mal dá para cobrir o atual certame eleitoral, que dirá então inserir um pleito presidencial no meio da disputa municipal. 
Essa PEC das novas eleições já nasceu morta.

Cortar é preciso
O ex-chefe da Casa Civil de Fernando Henrique Cardoso, o engenheiro Pedro Parente, aceitou o convite de Michel Temer para ser o novo presidente da Petrobras, no lugar de Aldemir Bendine. 
E na primeira entrevista que concedeu após ter sido indicado, Parente já deixou claro que não aceitará indicações políticas para a diretoria da estatal, salientando que os mecanismos de governança da Petrobras terão que funcionar como qualquer empresa de grande porte. 
O novo presidente já entrará com o pé direito na companhia se, além de vetar as indicações políticas, promover um corte profundo de cargos comissionados na estatal. 
Além de promover o maior assalto já visto na história do país, o PT inchou a Petrobras com a contratação de dezenas de milhares de "companheiros". 
Pedro Parente, um técnico competente, precisa promover uma limpeza na empresa como nunca antes na história.

Sonho desfeito
Segundo a colunista Eliane Cantanhêde, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, teria reagido com irritação à Resolução redigida recentemente pelo Diretório Nacional do PT, em que o partido faz um disfarçado "mea culpa" sobre sua própria atuação no governo Dilma. 
O trecho que irritou o Exército, como conta a Eliane, foi um trecho em que os petistas se lamentam por não terem aproveitado seus 13 anos no poder para duas providências em relação às Forças Armadas: modificar o currículo das academias militares e promover oficiais com "compromisso democrático e nacionalista". 
O comandante Villas Boas afirmou que o tom do documento é puramente bolivariano. 
E ele está certo. 
O sonho do PT e da esquerda era transformar o Brasil em uma Venezuela, com o governo dominando o Legislativo, o Judiciário e as Forças Armadas, além de usar a caneta para nomear companheiros e aparelhar o Estado, e usar à exaustão os recursos públicos para bancar um projeto de poder eterno. 
Que bom que esse projeto malogrou, mas a sociedade precisa continuar alerta. 
Se apenas alguns votos de senadores forem mudados, o PT volta ao comando.

O buraco é mais embaixo
O presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou que o Congresso Nacional realizará sessão na próxima terça-feira (24) para votar a nova meta fiscal do governo para 2016. 
A equipe econômica de Dilma enviou ao Congresso uma meta com déficit de R$ 96 bilhões, mas uma análise mais profunda nas contas públicas feita pelo novo governo indica que o rombo pode ultrapassar os R$ 200 bilhões. 
Esse é mais um dos efeitos perversos da crise de gerenciamento da era Dilma. 
O rombo do orçamento vai ultrapassar 200 bilhões, mais de 1,8 milhão de empresas foram fechadas, o número de desempregados já ultrapassou os 11 milhões de brasileiros. 
E apesar dessa crise sem precedentes, o PT ainda se acha no direito de juntar meia dúzia de artistas e lideranças de movimentos sociais, regiamente remunerados e financiados com dinheiro público, para invadir prédios públicos e tentar impor à força a volta do Ministério da Cultura, um sumidouro de recursos do contribuinte. 
Esse pessoal não tem sentimento de Brasil nem qualquer responsabilidade com a população.

Tenham santa paciência!
Artistas e movimentos sociais oportunistas estão promovendo ocupações de prédios dos órgãos do Ministério da Cultura, para protestar contra a extinção da pasta. 
Na verdade, quando esses artistas invadem os prédios, reclamam para si as verbas do setor cultural. 
A Lei Rouanet financia toda a produção do espetáculo, mas a bilheteria fica com os artistas e produtores. 
Ou seja, o povo banca a peça com dinheiro público e os artistas ficam com o lucro, e mesmo assim, ainda se acham no direito de invadir? 
Essa ocupação é um escândalo!!

Blog do Jefferson

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