A professora aposentada, Maria Perpétua Nogueira de Almeida, que conhece tudo sobre a cidade de São Miguel Arcanjo e é a guardiã das peças que restaram do Museu da Associação Casa do Sertanista de São Miguel Arcanjo, o qual tive a honra de auxiliar tanto na Ata de Fundação quanto nos Estatutos, na época em que funcionava à Rua Cônego Francisco Ribeiro, 1350, em imóvel de propriedade da professora, idealizadora do projeto desde a mais tenra idade.
Quando o Museu teve que sair dali para que se restaurasse o imóvel - o que não foi possível pela falta de dinheiro da professora - o então prefeito Antonio Celso Mossin cedeu aquele barracão onde hoje se aloja a Casa da Criança e do Adolescente, depois de uma bela reforma, é claro; só que depois de alguns meses, o prédio foi pedido, pois diziam que era propriedade da "japonesada".
Nessa época, muita coisa foi surrupiada pela rapaziada da droga que mora no entorno; invadindo pelo telhado, levaram discos e moedas antigos, botijão de gás, toalhas de renda, panelas de ferro, peças de vidro, quadros, etc...
Até o boia fria que o ex-prefeito levara para a Associação foi furtado, mas alguns meses depois, com a ajuda da polícia local, voltou para o seu lugar.
As coisas foram levadas pela prefeitura à Fazenda São Miguel, jogadas em duas salas imundas e cheias de goteiras.
Dos livros, quase 15 mil volumes que compunham a biblioteca, muitos se estragaram, se perderam.
Após algum tempo, e também porque a casa da Fazenda São Miguel iria servir de uso para algum projeto ligado aos doentes mentais de São Miguel Arcanjo, e são muitos, as coisas voltaram para a cidade.
O ex- prefeito Mossin resolveu mandar construir um barraco que mais parece um depósito de adubo em frente à Cohab "Adelina Prandini Ribas", porém sem água ( consequentemente sem banheiro) e sem luz que hoje guarda os tais restos do outrora luzente Museu.
Maria Perpétua não perde a esperança de que a Prefeitura mande construir o que já foi prometido pelo Secretário de Educação, pelo Thiago Mi e sua mãe, a Assistente Social Maria Aparecida, estes últimos que usam o local para algumas reuniões particulares.
A promessa?
Construção do banheiro e de uma cozinha onde se possa fazer alguns produtos ( bolos, doces, salgadinhos...) para serem vendidos aos vizinhos a fim de incrementar o lugar para que antigos eventos que aconteciam à Rua Cônego Francisco Ribeiro, tais como saraus, recitação, contação de histórias, leitura de textos criados pelos próprio frequentadores, incluindo as crianças, exposição de desenhos e até lançamento de livro, voltem a fazer parte da existência do Museu da Associação Casa do Sertanista de São Miguel Arcanjo, o qual, ao tempo de um outro ex-prefeito, o Terra França, foi utilizado politicamente, já que inaugurado em 1889, como se público fora, mas que na realidade É TOTALMENTE PRIVADO.
SAÚDE, MARIA PERPÉTUA!
DEUS LHE PAGUE O SACRIFÍCIO!
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