segunda-feira, 28 de novembro de 2016

VATICANO VAI CONHECER "SILÊNCIO" AMANHÃ


 
 
 
 
 
 
 
 
 
Amanhã, o diretor Martin Scorsese vai estrear seu novo filme no Vaticano. 
“Silêncio” apresenta a perseguição sofrida por missionários jesuítas no século 17.
A trama - desde 2004 na cabeça do diretor - mostra dois jovens jesuítas que vão ao Japão em busca de um missionário que perdeu a fé depois de sofrer várias torturas.
Segundo o site Actuall, as primeiras perseguições de convertidos japoneses aconteceram em nível local, provocadas principalmente pelos protestantes ingleses e holandeses, pelo clero budista e a nobreza. Os ataques aconteceram até 1873, chegando a se expandir por todo o império.
O romance conta como os jesuítas começam a pregar no país sob o assédio das autoridades. 
A perseguição fez os religiosos e o padre Sebastián Rodríguez, enviado ao Japão para consolar os que ali se encontravam e julgar um padre apóstata, se colocarem a questão de se realmente valia a pena sofrer tantas desgraças, inclusive quem é verdadeiramente Jesus e o papel de Deus.
Os missionários católicos chegaram ao Japão em 1549 e embora, em um princípio, a fé cristã parecesse não tocar a comunidade nipônica, finalmente se estabeleceu no país. Em 1600, já havia 95 jesuítas estrangeiros no país (57 portugueses, 20 espanhóis, 18 italianos) e ao menos 70 jesuítas nativos do Japão. 
O auge do cristianismo provocou, em 1614, o início de uma perseguição sistemática contra os cristãos e que se proibisse os padres de continuarem sua pregação. Desse momento em diante, o cristianismo entrou na clandestinidade e, segundo os historiadores, pelo menos 18 jesuítas, sete franciscanos, sete dominicanos, um agostiniano, cinco sacerdotes seculares e um número desconhecido de jesuítas nativos foram descobertos e executados.
A perseguição provocou mil mártires diretos e milhares de cristãos leigos morreram por causa de doenças e da pobreza aos sofrerem o confisco dos seus bens.
Durante 240 anos o Japão permaneceu fechado ao mundo e embora algumas comunidades tenham tentado manter o cristianismo sem contato com o exterior e sem sacerdotes, o número de católicos diminuía e iam se afastando do cristianismo.

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