quinta-feira, 20 de abril de 2017

ÍNDIO, MEU IRMÃO!

Ontem, a criança que não voltou para casa pintadinha como índio, girando como a dançar a dança da chuva, quem a viu pela rua, questionou:
----Será que ela faltou à aula?
Uma pena como uma data como a de ontem, criada em homenagem aos primeiros habitantes do Brasil, não mudou em nada desde que foi aventado que as escolas deveriam festejar.
O que herdamos dos índios?
Essa vontade louca de andar descalço pela casa depois de um dia estafante; de deitar numa rede para dormir ou simplesmente sonhar; de pescar nem que seja um peixe só; de plantar e colher mandioca; de fazer uma paçoca no pilão de madeira; de construir instrumentos barulhentos para acompanharem uma música; de tomar um chá de boldo quando o estômago não está bom; dos termos como maloca, tribo, aldeia, cacique e os nomes de inúmeras cidades e plantas e frutas que fazem parte do nosso vocabulário, e etc., etc., etc.
Então, lembrar dos indígenas não é apenas pintar a cara ou enfeitar a cabeça com um grande cocar.
Eles foram os primeiros homens com quem os portugueses travaram conhecimento numa terra ainda desconhecida. Eles foram os primeiros brasileiros com quem os descobridores mantiveram contato para então poderem criar uma nova linguagem, o nosso idioma que é ímpar.
Antes de sermos portugueses, somos um povo totalmente diferente, quer nos costumes, quer nos sentimentos, quer na maneira de comunicar.
Somos, todos nós brasileiros, parentes dos índios.
Vamos respeitar, pois. 
 

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