quarta-feira, 12 de abril de 2017

O SER HUMANO NUNCA FOI TÃO ANIMAL COMO ATUALMENTE


De acordo com dados do IBGE, em 2014, o Disque-Denúncia Nacional da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República registrou mais de 91 mil denúncias de violações de direitos de crianças e adolescentes. 
No município de São Roque, um caso que chocou a sociedade foi o da menina assediada pela própria mãe; ela contou à professora que frequentemente sua mãe a colocava deitada sobre a cama e colocava o dedo em sua genitália; que pedia para a mãe parar, mas ela continuava; que devido a isso sente muitas dores e até sangramento.
Testemunha? A irmã mais velha.
A redação do Jornal O Democrata foi até o Conselho Tutelar de São Roque e noticiou que do ano passado até janeiro de 2017 foram registrados 64 casos de violência infantil, isso sem mencionar os casos que não chegam até o conselho. 
Os números revelam assédios, agressões e exploração de mão de obra contra crianças e adolescentes. 
Em média, cinco crianças são vítimas de violência a cada mês em São Roque. 
Os fatores que fazem aumentar os casos de violação de direitos são: pobreza, exclusão, desigualdade social, questões ligadas à raça, gênero e etnia. Além disso, a falta de conhecimento sobre direitos da infância e adolescência também contribui para o aumento das violações.
A maior parte das vítimas está na faixa etária de 8 a 14 anos.  
A lei 13.431, de 2017, prevê que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios desenvolvam políticas integradas e coordenadas visando garantir os direitos humanos da criança e do adolescente “no âmbito das relações domésticas, familiares e sociais”, de forma a resguardá-los “de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, abuso, crueldade e opressão”.
O projeto estabelece que sejam realizadas, periodicamente, campanhas de conscientização, estimulando a mais rápida identificação da violência praticada contra crianças e adolescentes e a difusão dos seus direitos e dos serviços de proteção. 

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