Reprodução do Globo É bom deixar claro que esse quadro diz respeito apenas ao dinheiro entregue por um operador à família de Sérgio Cabral, no caso Luiz Carlos Bezerra. Mas há outros operadores que pagavam contas e entregavam dinheiro à família Cabral e agregados. O principal deles é Carlos Emanuel Miranda de Carvalho, amigo de infância e casado com uma prima de Sérgio Cabral, além de Pedro Ramos de Miranda, o "faz tudo" do ex-governador, e Sérgio de Castro Oliveira, o Serjão, que também levava dinheiro para a secretária do ex-governador, responsável pelo pagamento de contas da família. Então esse quadro acima é ilustrativo das pessoas da família Cabral e agregados que recebiam dinheiro das propinas, mas o valores são ínfimos perto do total. Só para citar dois exemplos, o ex-subsecretário de Comunicação Social, Francisco de Assis, o Kiko, que operava junto às agência de publicidade, contou ao MPF que repassou R$ 7,7 milhões ao deputado Marco Antonio Cabral, filho do ex-governador, e há o caso dos 12 cavalos importados, comprados por outro filho, João Pedro, conhecido como Cabralzinho. E, claro, muita coisa ainda não veio à tona. Vamos lembrar também da planilha apreendida pela Polícia Federal que aponta o pagamento de mesadas de R$ 7,5 mil para a ex-sogra de Cabral, Angela Neves e à ex-cunhada, Nina Neves. Como Cabral era generoso até com a família da ex-mulher! Enfim, como disse no título desta postagem, a família Cabral era movida a propina. Mas não posso deixar de comentar a justificativa dada ao Globo pela mãe de Sérgio Cabral, que é de uma desfaçatez inacreditável (vejam reprodução abaixo). Para quem não sabe Dona Magaly Cabral é diretora do Museu da República, nomeada em 2009 por Lula, a pedido de Sérgio Cabral, e até hoje permanece no cargo, com salário de R$ 13 mil. Ela alega que Cabral enviava dinheiro "vez ou outra", porque o marido, Sérgio Cabral, o pai, "parou de produzir, por estar com Alzheimer". Ora, muita gente não sabe ou não lembra, mas Sérgio Cabral pai foi vereador da cidade do Rio de Janeiro por 11 anos (3 mandatos) e depois foi conselheiro do Tribunal de Contas do Município por 14 anos, aposentou-se em 2007. Se não se aposentou pelo setor privado, como jornalista, não disponho dessa informação, pelo menos tem duas gordas aposentadorias como ex-vereador, cujo salário hoje é de R$ 18.900 (brutos), e de ex-conselheiro, cujo salário atual é de R$ 26.500 (brutos). Então pega mal a mãe de Cabral querer usar a doença do marido para justificar a entrega de dinheiro enviado pelo filho. Além do mais, mesmo que o casal enfrentasse dificuldades financeiras, o que está muito longe de ser o caso, isso não serve de desculpa para receber dinheiro de propina. Reprodução do Globo
Fonte: Blog do Garotinho.
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