Lava-Jato: Renato Duque depõe em Curitiba e detona o PT, Lula, Palocci, Vaccari, Dirceu e Paulo Bernardo
Redação Ucho.Info - 5 de Maio de 2017
Ex-diretor de Serviços da Petrobras, cargo a que foi alçado por indicação de José Dirceu e de outros integrantes da cúpula petista, Renato Duque confirmou, durante depoimento ao juiz Sérgio Moro, informação do UCHO.INFO que vem sendo publicada de forma recorrente desde agosto de 2009, quando começamos a denunciar o funcionamento de um esquema criminoso que substituiu o Mensalão do PT.
Nesta sexta-feira (5), Duque confirmou ao juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância da Justiça Federal pelos processos resultantes da Operação Lava-Jato, que Lula sempre soube do esquema corrupção que derreteu os cofres da Petrobras e de outras estatais a partir do superfaturamento de contratos e pagamento de propinas.
Redação Ucho.Info - 5 de Maio de 2017
Ex-diretor de Serviços da Petrobras, cargo a que foi alçado por indicação de José Dirceu e de outros integrantes da cúpula petista, Renato Duque confirmou, durante depoimento ao juiz Sérgio Moro, informação do UCHO.INFO que vem sendo publicada de forma recorrente desde agosto de 2009, quando começamos a denunciar o funcionamento de um esquema criminoso que substituiu o Mensalão do PT.
Nesta sexta-feira (5), Duque confirmou ao juiz Sérgio Moro, responsável na primeira instância da Justiça Federal pelos processos resultantes da Operação Lava-Jato, que Lula sempre soube do esquema corrupção que derreteu os cofres da Petrobras e de outras estatais a partir do superfaturamento de contratos e pagamento de propinas.
-------------- “Tinha pleno conhecimento de tudo, tinha o comando”, disse o ex-diretor da Petrobras.
Lula pode continuar alegando inocência, até porque sua desfaçatez é ilimitada e nenhum cidadão é obrigado a produzir provas contra si, mas não pode negar que autorizou a implantação do esquema criminoso criado pelo finado deputado federal José Janene (PP-PR), o “Xeique do Mensalão”.
Preso na Operação “Que País É Esse?” (10ª fase da Lava-Jato) e condenado a 20 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em uma ação penal, Renato Duque também relatou ao magistrado três encontros com o dissimulado Lula, o último em 2014, quando a Operação Lava Jato já estava em marcha acelerada.
Lula pode continuar alegando inocência, até porque sua desfaçatez é ilimitada e nenhum cidadão é obrigado a produzir provas contra si, mas não pode negar que autorizou a implantação do esquema criminoso criado pelo finado deputado federal José Janene (PP-PR), o “Xeique do Mensalão”.
Preso na Operação “Que País É Esse?” (10ª fase da Lava-Jato) e condenado a 20 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em uma ação penal, Renato Duque também relatou ao magistrado três encontros com o dissimulado Lula, o último em 2014, quando a Operação Lava Jato já estava em marcha acelerada.
-----------“No último encontro, 2014, já com a Lava Jato em andamento ele (Lula) me chama em São Paulo. Tem uma reunião no hangar da TAM no Aeroporto de Congonhas e ele me pergunta se eu tinha uma conta na Suíça com recebimentos da empresa SBM”, revelou Duque.
De acordo com o ex-executivo da estatal, Lula, na reunião que aconteceu no hangar da companhia aérea, disse que a então presidente Dilma “tinha recebido informação que um ex-diretor da Petrobras teria recebido dinheiro numa conta na Suíça, da SBM”.
----- “Eu falei não, não tenho dinheiro da SBM nenhum, nunca recebi dinheiro da SBM. Aí ele vira prá mim fala assim ‘olha, e das sondas tem alguma coisa?’ E tinha né, eu falei não, também não tem.”
Renato Duque atribuiu ao ex-presidente a frase: “Olha, presta atenção no que vou te dizer. Se tiver alguma coisa não pode ter, entendeu? Não pode ter nada no teu nome entendeu?”.
“Eu entendi, mas o que eu ia fazer? Não tinha mais o que fazer. Aí ele falou que ia conversar com a Dilma, que ela estava preocupada com esse assunto e queria tranquilizá-la”, detalhou Duque. “Nessas três vezes ficou claro, muito claro prá mim, que ele tinha pleno conhecimento de tudo, tinha, detinha o comando.”
O ex-dirigente da petroleira também detalhou um segundo encontro com Lula, ocasião em que o petista reclamou do não pagamento de propinas por parte de empresas contratadas pela Petrobras.
-------------- “Teve um segundo encontro que, da mesma maneira, fez perguntas sobre sondas, porque não estava recebendo até então, em 2013. Ele perguntou se eu sabia por que as empresas não estavam pagando. Eu não soube responder também, porque não acompanhava isso”, contou.
Sistema de arrecadação
Em depoimento que comprometeu sobremaneira o Partido dos Trabalhadores e demoliu o discurso moralista da legenda, Duque afirmou que Lula determinou, através do ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (marido de Gleisi Hoffmann), que a partir de 2007 a arrecadação de propina destinada ao partido fosse negociada com João Vaccari Neto.
--------------- “Eu fui chamado a Brasília e essa pessoa [Paulo Bernardo] falou: ‘Olha, você conhece uma pessoa indicada pelo…’. Ele fazia esse movimento [Duque passa a mão no queixo], não citava o nome. O presidente Lula era chamado como Chefe, Grande Chefe, Nine ou esse movimento com a mão. Você vai receber uma pessoa que está sendo indicada e ele vai conversar com você. Ele vai ser, agora, quem vai atuar junto às empresas que trabalham para a Petrobras. Foi quando eu conheci o Vaccari, em 2007”.
O juiz Sérgio Moro perguntou a Duque como se dava o pagamento de propina ao PT pelos estaleiros.
De acordo com o ex-executivo da estatal, Lula, na reunião que aconteceu no hangar da companhia aérea, disse que a então presidente Dilma “tinha recebido informação que um ex-diretor da Petrobras teria recebido dinheiro numa conta na Suíça, da SBM”.
----- “Eu falei não, não tenho dinheiro da SBM nenhum, nunca recebi dinheiro da SBM. Aí ele vira prá mim fala assim ‘olha, e das sondas tem alguma coisa?’ E tinha né, eu falei não, também não tem.”
Renato Duque atribuiu ao ex-presidente a frase: “Olha, presta atenção no que vou te dizer. Se tiver alguma coisa não pode ter, entendeu? Não pode ter nada no teu nome entendeu?”.
“Eu entendi, mas o que eu ia fazer? Não tinha mais o que fazer. Aí ele falou que ia conversar com a Dilma, que ela estava preocupada com esse assunto e queria tranquilizá-la”, detalhou Duque. “Nessas três vezes ficou claro, muito claro prá mim, que ele tinha pleno conhecimento de tudo, tinha, detinha o comando.”
O ex-dirigente da petroleira também detalhou um segundo encontro com Lula, ocasião em que o petista reclamou do não pagamento de propinas por parte de empresas contratadas pela Petrobras.
-------------- “Teve um segundo encontro que, da mesma maneira, fez perguntas sobre sondas, porque não estava recebendo até então, em 2013. Ele perguntou se eu sabia por que as empresas não estavam pagando. Eu não soube responder também, porque não acompanhava isso”, contou.
Sistema de arrecadação
Em depoimento que comprometeu sobremaneira o Partido dos Trabalhadores e demoliu o discurso moralista da legenda, Duque afirmou que Lula determinou, através do ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (marido de Gleisi Hoffmann), que a partir de 2007 a arrecadação de propina destinada ao partido fosse negociada com João Vaccari Neto.
--------------- “Eu fui chamado a Brasília e essa pessoa [Paulo Bernardo] falou: ‘Olha, você conhece uma pessoa indicada pelo…’. Ele fazia esse movimento [Duque passa a mão no queixo], não citava o nome. O presidente Lula era chamado como Chefe, Grande Chefe, Nine ou esse movimento com a mão. Você vai receber uma pessoa que está sendo indicada e ele vai conversar com você. Ele vai ser, agora, quem vai atuar junto às empresas que trabalham para a Petrobras. Foi quando eu conheci o Vaccari, em 2007”.
O juiz Sérgio Moro perguntou a Duque como se dava o pagamento de propina ao PT pelos estaleiros.
----------- “Os 2/3 do partido político, Vaccari me informou que iriam para o Partido dos Trabalhadores, para José Dirceu e para Lula. Sendo que a parte do Lula seria gerenciada por Palocci”, declarou.
De acordo com o depoente, o fato de ter deixado a Petrobras em 2012 não teve qualquer relação com a empresa Sete Brasil. Contudo, Duque recebeu propina referente a esse contrato porque Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e também delator da Operação Lava-Jato, solicitou para usar sua conta bancária, mediante pagamento de porcentagem sobre os valores depositados.
De acordo com o depoente, o fato de ter deixado a Petrobras em 2012 não teve qualquer relação com a empresa Sete Brasil. Contudo, Duque recebeu propina referente a esse contrato porque Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras e também delator da Operação Lava-Jato, solicitou para usar sua conta bancária, mediante pagamento de porcentagem sobre os valores depositados.
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