sexta-feira, 4 de maio de 2018

COMO SE NÃO BASTASSE A BANDIDAGEM LÁ FORA, TEM BANDIDOS QUE ESTUPRAM E MATAM DENTRO DE CASA. UM HORROR NO RIO DE JANEIRO!

Em cinco anos, 225.869 mulheres vítimas de violência doméstica e familiar fizeram pedidos de medidas protetivas à Polícia Civil do Rio de Janeiro. 
O levantamento foi feito entre 2013 e 2017. Os números, divulgados pelo Dossiê Mulher nesta sexta-feira (4), representam média diária de 123 solicitações nesse período.
As medidas protetivas de urgência servem para preservar a integridade física das vítimas e de seus familiares e estão previstas na Lei Maria da Penha. 
O objetivo é proteger, em até 48 horas, as mulheres de novas agressões.
O que são medidas protetivas:
A Lei Maria da Penha prevê diferentes recursos e assegura o uso de força policial para cumpri-los:

Afastar o agressor do lar;
Proibir o agressor de se aproximar da vítima, fixando distância mínima;
Cortar todas as formas de contato do agressor com a vítima ou com a família dela;
Suspender visitas aos filhos;
Congelar bens do agressor para cobrir perdas e danos materiais decorrentes da violência;
Obrigar o pagamento de pensão;
Suspender o porte de arma, quando for o caso.

A lei também permite que, a depender da gravidade, o juiz encaminhe a vítima e seus dependentes para programa de proteção ou de atendimento.


4 mil casos de violência sexual em 2017
O Dossiê Mulher também levantou outros números que chamam atenção: mais de quatro mil mulheres foram vítimas de violência sexual no Estado do Rio de Janeiro no ano passado.
 Além disso, mais da metade, 68%, foi vítima dentro de casa. Em relação à Lei Maria da Penha, os casos de lesão corporal dolosa (65,5%) e ameaça (60,7%) foram classificados como violência doméstica e familiar.
O estudo revela ainda que as mulheres continuam sendo as principais vítimas de estupro (84,7%) e assédio sexual (97,7%). 
De acordo com o dossiê, os autores de parte dos crimes cometidos contra as mulheres são pessoas com algum grau de intimidade ou proximidade com a vítima, como maridos, ex-maridos, namorados, familiares, amigos, conhecidos ou vizinhos.

Feminicídio
A Polícia Civil passou a contar com a variável feminicídio em seu banco de dados a partir de outubro de 2016, o que ajudou a edição deste ano do Dossiê Mulher apresentar dados desse crime referentes ao ano 2017 completo. 
Ocorre feminicídio quando a vítima é morta pelo fato de ser mulher.
Das 68 mulheres vítimas de feminicídio em 2017, mais da metade teve como acusados os companheiros ou ex-companheiros, e 52,9% ocorreram no interior das residências. Em média, no ano de 2017, foram registrados 5 feminicídios e 15 tentativas de feminicídio por mês em todo o estado.
As informações divulgadas no Dossiê têm como fonte o banco de dados dos registros de ocorrência da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, relativos ao ano de 2017, disponibilizado pelo Departamento Geral de Tecnologia da Informação e Telecomunicações (DGTIT).

Casos recentes
Altamiro Lopes dos Santos era estudante de Medicina. A jovem, Patricia Koike, foi encontrada dentro do carro dele, já sem vida. Altamiro foi preso por homicídio e ocultação de cadáver.
Outro caso recente que chamou atenção e foi registrado por câmeras de segurança de um shopping na Tijuca, na Zona Norte do Rio, foi quando um homem esfaqueou a ex-mulher. O agressor desferiu várias facadas e só parou quando alguém usou um extintor de incêndio. Andressa dos Santos passou duas semanas no hospital e agora se recupera em casa. O ex-marido, Jonny Neves dos Santos, foi preso em flagrante.

Por G1 Rio

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