Vitor Martins Melo, de 17 anos, foi linchado durante uma festa sem alvará no Parque da Cidade em Brasília (Foto: TV Globo/Reprodução)
Agressores impunes
Após o linchamento, os autores das agressões também roubaram roupas, celulares e documentos de Vitor, que foi deixado apenas de cueca no local do crime. Até a tarde deste sábado, nenhum responsável pelos golpes tinha sido, ao menos, identificado.
Cerca de 20 pessoas atacaram o adolescente com socos, chutes, golpes de faca e garrafadas.
O pai de Vítor, Iris de Melo, afirma que o filho estudava e trabalhava, e não tinha qualquer envolvimento em atos ilícitos. Ele disse à TV Globo que os linchadores "não podem ser considerados humanos".
"Aquilo ali não é ser humano, é uma cambada de animais. Acho que nem animais fariam isso com a mesma espécie."
Durante as investigações, a polícia descobriu que Vítor e a menina que teve o celular roubado estudavam na mesma escola, e frequentavam pelo menos uma aula juntos. Em depoimento, ela disse que não conhecia o colega.
Festa ilegal
A festa "Cala a boca e me beija", divulgada nas redes sociais, reuniu cerca de 1.500 pessoas em um estacionamento do parque.
A Polícia Civil afirma que o evento não tinha autorização para ser realizada no espaço público, e que os organizadores podem responder civilmente pelo caso.
Responsável pela gestão do Parque da Cidade, a Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do DF confirmou ao G1 e à TV Globo que o evento não tinha autorização.
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