sábado, 30 de junho de 2018

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Homem que matou a própria filha em Indaiatuba é condenado após denúncia do Ministério Público. 
Réu dizia que faria ex-companheira chorar pelo resto da vida.

Denunciado pelo promotor de Justiça Christiano de Campos, Marin Moisés de Azevedo foi condenado nesta quinta-feira (28/6) pelo homicídio de sua própria filha, Michelli Azevedo de Paula, crime cometido em Indaiatuba. Submetido ao Tribunal do Júri, que contou com atuação do promotor de Justiça Vitor Petri, de Barueri, o réu foi sentenciado a 30 anos de prisão em regime inicial fechado, sem direito de apelar em liberdade. 
Segundo o apurado, Azevedo havia se separado de Rosângela Galdino, mãe da vítima, mas não aceitava o fim do relacionamento. O homem acreditava que a ex-companheira estava mantendo uma união com outra pessoa, e que ela tinha o apoio dos filhos nesse suposto relacionamento. 
Na véspera do crime, Azevedo foi até a casa da vítima e jantou com ela, "ocasião em que falou o tempo todo de Rosângela", de acordo com a denúncia. Durante a refeição, o réu aparentou estar nervoso, reclamando do novo relacionamento que a ex-companheira estaria mantendo, e do fato de os filhos apoiarem a mãe. 
Após ir até a casa de um amigo, Azevedo voltou à casa da vítima durante a madrugada e munido de uma arma de fogo. Ele entrou na residência sem anunciar sua chegada, foi até o quarto em que sua filha dormia ao lado de sua neta de 9 anos e, sem dar chance de defesa, disparou contra o rosto da filha. 
Na sentença, o Judiciário destacou que, antes do crime, Azevedo ameaçava a ex-companheira dizendo que "ela iria chorar pelo resto da vida".

Núcleo de Comunicação Social
Ministério Público do Estado de São Paulo - Rua Riachuelo, 115 – São Paulo (SP)

RELEMBRE A HISTÓRIA DE 4 ANOS ATRÁS 

Atualizado em 06/06/2014 às 14h11

Acusado de matar a filha, foragido é preso na Bahia
Marin Moisés Azevedo, de 54 anos, estava foragido há quatro meses

- Foto: Divulgação
Foi preso na manhã de segunda-feira, dia 2, o desempregado Marin Moisés Azevedo, de 54 anos, que estava foragido há quase quatro meses e é acusado de assassinar friamente, com dois tiros, sua filha Michelli Azevedo de Paula, de 28 anos, enquanto ela dormia. Azevedo foi detido em Jequié, no estado da Bahia, após denúncia anônima. 
Em entrevista, a delegada da Delegacia da Mulher (DDM), Fernanda Hetem Matoso, não hesitou em demonstrar alívio com a resolução do caso. “Após longos quatro meses de trabalho da Polícia Civil de Indaiatuba, em conjunto com a Polícia Civil de Jequié, conseguimos achar esse assassino. Ele realizava ligações para familiares e conseguimos rastrear de onde vinham as chamadas, o que indicou a cidade que estava e ajudou muito no caso. Recebemos a notificação ainda hoje (terça-feira, dia 2), que uma denúncia levou a Polícia Militar à localização e à captura de Marin” diz. A delegada ainda conta sobre os próximos passos no procedimento para Azevedo ser indiciado. “Ele está preso na cidade onde foi encontrado e nos próximos dias nossos policiais civis desembarcarão no aeroporto de Ilhéus, que é o mais próximo de Jequié e o trarão até a DDM de Indaiatuba, onde será indiciado pelo crime. Posteriormente conduzido à cadeia anexa ao 2º DP de Campinas” explica.
O ferramenteiro Alexandre Rocha Azevedo, de 32 anos, que é irmão da vítima e filho do acusado, contou a reportagem do Mais Expressão sobre a mistura de dor e alívio que toda a família sente. “Fiquei sabendo hoje de manhã que tinham encontrado meu pai e estou muito aliviado com esta notícia, foram longos meses de medo a todos nós familiares. Ele ficou sem dar sinal de vida por 15 dias, após matar minha irmã e realizou a primeira ligação ameaçando minha mãe e eu neste período. Após três meses de silêncio, há cerca de oito dias atrás ele voltou a ligar, ligou várias vezes em um dia, provavelmente estava drogado ou bêbado, disse que me mataria e desta vez chegou até ameaçar o meu tio, que foi quem recebeu todas as ligações até então.”
O ferramenteiro conta ainda sobre o perfil de seu pai antes do crime e se emociona ao relembrar-se de Michelli. “Um pouco antes de fazer o que fez, ele já vinha nos ameaçando, mas não colocávamos fé de que realmente faria algo contra os próprios filhos, mesmo ele sempre sendo muito frio durante nossa vida toda. Quando ele cumpriu as ameaças foi muito triste a todos nós, minha irmã era uma excelente mulher, filha, mãe, era uma pessoa que sempre trabalhou dignamente para conquistar suas coisas. A dor de não ter mais ela entre nós nunca passará” relembra. O irmão ainda conta sobre o estado da filha de Michelli, que dormia com ela na mesma cama no momento em que Marin efetuou os disparos. “Minha sobrinha está fazendo acompanhamento com psicólogo para tratar o trauma, ela sempre chora quando nos pergunta coisas como ‘Por que meu avô fez isso com a minha mãe?’ e sente muita falta dela. Dias atrás ela me disse que se pudesse pedir uma coisa a Deus, pediria para que Ele concedesse mais um dia com Michelli, para abraçá-la, beijá-la e dizer o quanto é forte o amor que sempre sentirá pela mãe” finaliza emocionado.
De acordo com informações divulgadas na imprensa local de Jequié, Marin confessou estar envolvido na morte da filha, mas negou que foi o autor dos disparos e disse que pagou R$ 1 mil para uma pessoa, não identificada, para matar a filha. O acusado estava vivendo em uma pousada e se bancava com o dinheiro da venda de uma casa. Ele não tinha parentes na cidade.

O caso
Na madrugada do dia 12 de fevereiro, Michelli Azevedo de Paula, de 28 anos, foi atingida por dois tirosno rosto enquanto estava dormindo em sua cama, ao lado de sua filha de 9 anos, no Jardim Morada do Sol, onde morava. Testemunhas relatam terem visto o carro do pai de Michelli, Marin Moisés Azevedo, em frente à casa naquela madrugada e após os disparos o carro já não estava mais lá. Azevedo já tinha feito algumas ameaças aos filhos, pois não se conformava com a separação com a esposa e dizia que eles apoiavam a mãe.
O, até então, suspeito foi visto pela última vez na noite anterior ao crime na casa da vítima, que o recebeu para uma janta, já que a relação entre eles estava restrita após a separação. Depoisdo encontro, o pai foi embora e Michelli foi dormir com sua filha. Por volta das 5 horas da manhã ela atingida pelos dois tiros, chegou a ser socorrida, mas já deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Augusto de Oliveira Camargo (Haoc) em óbito. 

Galeria de imagens

- Foto: Divulgação

Local do crime
Fonte: Grupo Mais Expressão.

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