terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A MÁ SORTE DESTE VEREADOR!

Quantia enterrada no quintal de ex-vereador preso em Igarapava, SP, chega a R$ 1,5 milhão, diz MP.

Cerca de R$ 107 mil estavam enterrados no quintal da casa em Igarapava, SP — Foto: Polícia Militar/Divulgação.


Chega a R$ 1.545.939,85 a quantia encontrada enterrada, nesta segunda-feira (17), no quintal da casa do ex-vereador José Eurípedes de Souza, em Igarapava (SP). 
Segundo o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a mulher dele, Guejane Emília Flausino, que estava no imóvel no momento da apreensão, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
A advogada Maria Cláudia Seixas, que representa o casal, não comentou o assunto.
De acordo com o Ministério Público, um mandado de busca e apreensão foi cumprido diante de descobertas feitas pela investigação após a primeira fase da Operação Agio, deflagrada no início de dezembro.
O dinheiro estava armazenado em sacos plásticos, caixas de papelão e caixas térmicas, enterrados nos fundos do imóvel da família. 
As cédulas, guardadas em montes, foram levadas a uma agência bancária para a contagem. 
A princípio, a polícia chegou a afirmar que o montante seria de R$ 107 mil, mas o valor foi atualizado
Foram necessárias seis horas para saber quanto estava escondido na casa.

Foto: Reprodução/EPTV
A mulher do ex-vereador foi presa por suspeita de lavagem de dinheiro. Souza está preso desde o dia 6 de dezembro, por suspeita de usura e lavagem de dinheiro. Na semana passada, a Justiça prorrogou o prazo da prisão temporária dele.
Segundo o Gaeco, o ex-vereador é suspeito de obter vantagens ao realizar empréstimos com juros abusivos aos moradores. 
A investigação concluiu ainda que Souza utilizava empresas de familiares e amigos para lavar o dinheiro ilícito, principalmente, “lojas de R$ 1” na região de Igarapava e em cidades mineiras. 
Além da mulher, um irmão de Souza é alvo de investigação.
Em 2015, o ex-vereador foi condenado por envolvimento em esquema descoberto seis anos antes e que ficou conhecido como “mensalinho de Igarapava”, em que parlamentares cobravam propina para facilitar a aprovação de projetos do Executivo na Câmara Municipal.
O ex-vereador recebeu pena de cinco anos, oito meses e 12 doze dias de prisão, e obteve o direito de recorrer da sentença em liberdade. Em março deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reduziu a pena para dois anos e oito meses de reclusão, em regime semiaberto.

Foto: Reprodução/EPTV

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