terça-feira, 4 de dezembro de 2018

ALUNOS DE FRANCA CRIAM O TIPMES QUE PODERIA TER MAIS UTILIDADES


Em Franca, alunos desenvolvem pingente que auxilia idosos.
Iniciativa levou o 2º lugar no programa Pense Grande, da Fundação Telefônica, em parceria com a rede Impact Hub e o Centro Paula Souza.
(Do Portal do Governo)

Quatro alunos do curso técnico de Informática integrado ao Ensino Médio da Escola Técnica Estadual (Etec) Doutor Júlio Cardoso, de Franca, município localizado no norte do Estado, criaram uma solução para auxiliar idosos em casos de emergência.
É o TIPMES, sigla em inglês para Pingente de Sistema Emergencial Portátil, aparelho que conecta pessoas que tenham doenças ou idade avançada a parentes, amigos ou serviços de socorro.
A iniciativa ganhou visibilidade ao conquistar o segundo lugar no programa Pense Grande, iniciativa da Fundação Telefônica, em parceria com a rede global de empreendedores Impact Hub e o Centro Paula Souza (CPS). Como prêmio, os alunos, com idades entre 16 e 17 anos, ganharam mentoria no Impact Hub, na capital.
Com isso, os jovens puderam aprender um pouco mais sobre empreendedorismo, desenvolvimento humano e criatividade. O projeto também fez sucesso na própria Etec, onde foi apresentado aos professores da escola. Os estudantes foram convidados ainda a participar da 1ª Conferência Brasileira de Aprendizagem Criativa, realizada em Curitiba, em setembro.
O conceito do TIPMES é simples: o idoso usa o colar com o pingente e, em caso de problemas, toca no aparelho para acionar, por celular, pessoas previamente cadastradas. Quem receber o aviso terá acesso à localização do idoso e, assim, poderá prestar o socorro necessário com mais rapidez.
“Percebemos que as pessoas mais velhas caem muito, várias vezes sem ter como chamar alguém que possa ajudá-los”, explica Paulo Mercúrio, um dos estudantes que criaram o acessório. O dispositivo também pode ser utilizado para segurança de pessoas com deficiência física ou que necessitem de cuidados especiais.

Impacto
Segundo o orientador do projeto, professor Woshington Souza, esse tipo de trabalho ganha destaque pelo impacto social e pela possibilidade de ser produzido e utilizado em larga escala. “É muito gratificante ver o aluno trabalhando em um projeto que pode ser colocado no mercado para ajudar as pessoas. É isso que incentivamos”, afirma.
O estudante Leonardo Ferreira, um dos responsáveis pela criação do aparelho, diz que a iniciativa vai ao encontro de uma necessidade crescente no país. Segundo dados do IBGE, o número de idosos no Brasil cresceu 18% nos últimos cinco anos, ultrapassando 30 milhões em 2017. “Nossa ideia agora é expandir. Para isso, estamos buscando investidores para aumentar a produção e depois distribuir o produto para revenda.”
Seu colega, Matheus Rodrigues, enfatiza a meta: “Acreditamos na viabilidade do projeto e queremos vê-lo no mercado”, conclui. Mais detalhes sobre o projeto estão disponíveis no site do projeto.

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