sábado, 29 de dezembro de 2018

MALANDRAGEM É INERENTE AO POVO BRASILEIRO POBRE OU RICO

Câmbio, Desligo: prisão de Bruno Farina, no Paraguai, pode desvendar paradeiro de outros doleiros



A prisão do doleiro Bruno Farina, sócio do também operador de câmbio Dario Messer, conhecido no mercado como “doleiro dos doleiros”, pode abrir uma nova fase na Operação Lava-Jato. Farina, que estava foragido desde a deflagração da “Operação Câmbio, Desligo”, em maio deste ano, foi preso na noite de quarta-feira (26) por autoridades paraguaias em um condomínio de luxo na cidade de Hernandarias, na fronteira com o Brasil.
De família rica e tradicional da capital paulista, Bruno Farina, que ganhou dinheiro com casas de câmbio, é investigado na Operação Lava-Jato por corrupção, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e associação criminosa. 
De acordo com o Ministério do Interior do Paraguai, a prisão do doleiro brasileiro aconteceu horas após autoridades realizarem duas buscas no mesmo condomínio para localizá-lo.
Em maio, a polícia fez buscas em duas mansões em Hernandarias, de propriedade de Farina e Messer, mas os imóveis estavam abandonados. 
Dario Messer, que continua foragido, é suspeito de realizar operações milionárias de lavagem de dinheiro que teriam movimentado US$ 1,6 bilhão em 52 países.
A Promotoria paraguaia afirma que Messer, seu filho, Dan Messer, e um primo do ex-presidente paraguaio Horacio Cartes (2013-2018) teriam realizado operações irregulares no Paraguai no valor de US$ 40 milhões, usando três empresas das quais eram acionistas.
A “Câmbio, Desligo” só foi possível a partir da delação dos doleiros Vinícius Vieira Barreto Claret, o Juca Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, o Tony. Ambos eram integrantes de esquema ilegal de remessa de recursos ao exterior que envolvia o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (MDB), e revelaram a existência do sistema chamado Bank Drop, composto por 3 mil offshores em 52 países, e que movimentou US$ 1,6 bilhão.
No Bank Drop, doleiros enviavam recursos ao exterior através de uma ação conhecida como “dólar-cabo”. 
O “dólar-cabo” é usado para remessa de dinheiro sem passar por instituições financeiras reguladas pelo Banco Central.
Dario Messer já foi investigado nos esquemas criminosos do Banestado e do Mensalão.
Foi no âmbito do escândalo do Banestado que as autoridades flagraram o também doleiro Alberto Youssef por trás de remessas bilionárias ao exterior.


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