sábado, 2 de fevereiro de 2019

QUANDO NEM OS SENADORES SABEM VOTAR...

Confusão na sessão do Senado que irá eleger novo presidente.
Contagem da urna mostrou mais votos do que o número de parlamentares. 


Uma eleição para entrar para a história do Senado Federal: após a judicialização sobre se a votação para a Mesa Diretora seria aberta ou secreta, teve início na manhã desta sábado, 2, a sessão que elegerá a Mesa Diretora da Casa. 
Seis horas depois e com uma primeira votação concluída, tudo recomeçou - a urna apresentou cédula a mais do que os 81 parlamentares do Senado.
Após tumulto e discussões, o plenário do Senado havia decidido ontem à noite, com 50 votos favoráveis, que a votação para a mesa diretora da Casa seria aberta. Depois, a sessão foi suspensa.
Às 3h45 deste sábado, 2, o ministro Toffoli, presidente do STF, declarou a nulidade do processo de votação da questão de ordem, mantendo assim a votação secreta. 
Toffoli atendeu ao pedido dos partidos Solidaridade e MDB, que informaram o descumprimento da decisão formalizada na SS 5.272. 
No início do mês, Toffoli havia suspendido a decisão do ministro Marco Aurélio que determinava que a eleição para Mesa do Senado fosse por voto aberto.
A sessão foi retomada às 11h45 com a leitura da decisão do ministro Toffoli. 
Senadores como Major Olímpio, Espiridião Amin, Fabiano Contarato e Randolfe Rodrigues criticaram a decisão judicial.
Após, o senador José Maranhão, que presidia a sessão, abriu prazo de dez minutos para mais inscrições de candidatos à presidência da Casa. 
Começada a fase de discursos dos inscritos, os senadores Alvaro Dias, Major Olímpio e Simone Tebet desistiram de suas candidaturas. 
Restaram, assim, seis senadores na concorrência: Angelo Coronel, Fernando Collor, José Reguffe, Espiridão Amin, Davi Alcolumbre e Renan Calheiros.
A votação começou às 15h30 e alguns senadores declararam abertamente seus votos, apesar da votação secreta via cédula de papel. 
Entre os senadores que declararam abertamente seus votos, o fizeram para Davi Alcolumbre. 
A senadora Daniella Ribeiro declarou voto no senador Espiridião Amin. 
Com quase cinco horas de sessão, começou a contagem dos votos para a presidência do Senado. 
Então veio a surpresa: 82 votos saíram da urna.
Maranhão anunciou nova votação e rasgou cédulas na mesa Executiva. 
Já Renan Calheiros retirou a candidatura à presidência do Senado: "Não vou me submeter."

In Migalhas.

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