Caso Madeleine McCann completa 12 anos e pode ter reviravoltas.
Migalhas foi até o Algarve para conhecer melhor o caso da menina desaparecida, conversar com moradores e com o advogado da família.
quinta-feira, 2 de maio de 2019
Há 12 anos, em 3 de maio de 2007, o desaparecimento de uma criança chocou o mundo. A menina inglesa Madeleine McCan passava férias com os pais em Portugal quando desapareceu do quarto do hotel onde dormia com os irmãos.
O caso aconteceu na Praia da Luz, no Algarve, local conhecido pelas belas praias e pela riqueza natural. Migalhas esteve lá, onde tudo aconteceu, e entrevistou moradores, turistas e Rogério Alves, o advogado dos pais de Madeleine. Assista à reportagem.
Gerry e Kate McCann, um casal de médicos britânicos, haviam saído para jantar em um restaurante que pertencia ao complexo turístico onde se hospedavam, distante cerca de 50 metros do quarto onde estavam os filhos. Eles se encontraram com amigos, que também haviam deixado os filhos dormindo. Por volta das 22h, Kate voltou ao quarto para ver se as crianças estavam bem, quando percebeu que Maddie tinha desaparecido. É essa a versão apresentada pelos pais, e foi quando as buscas começaram.
O acontecimento ganhou grande repercussão. Diversos famosos fizeram apelos na televisão em busca da criança. Centenas pessoas foram ouvidas pela polícia portuguesa. Cães farejadores também participaram das buscas.
Há diferentes versões para o caso. Nenhuma, por sua vez, leva a qualquer conclusão.
Hipóteses
Entre as versões está a de que a menina tenha sido sequestrada. É no que acreditam os pais e seu advogado, Rogério Alves. Segundo depoimentos, um homem foi visto à noite na rua com uma criança no colo, próximo ao quarto de Madeleine. Há ainda uma teoria de que Madeleine pode ter sido raptada por uma rede de tráfico humano.
Outra hipótese é a de que os próprios pais poderiam estar envolvidos no desaparecimento. Especula-se que Madeleine tenha sido morta acidentalmente após tomar medicamentos para dormir e, na tentativa de encobrir a situação, os pais simularam o sumiço da filha. A versão se deu após cães farejadores encontrarem sangue no quarto, e também detectarem cheiro de cadáver.
Ao entrevistar moradores da região, a equipe do Migalhas constatou que esta é a versão na qual a maioria dos portugueses acredita. Os exames feitos com as amostras colhidas no local, por sua vez, nunca concluíram nada que incriminasse os pais.
Série
Desde o sumiço da filha, os pais dão entrevistas, divulgam os fatos e contam com a ajuda da imprensa na tentativa de localizar Madeleine.
Este ano, o caso foi revisitado por uma série documental produzida pela Netflix: O desaparecimento de Madeleine McCan.
A história é contada em oito episódios.
Os pais de Madeleine não participaram da produção e teriam se posicionado contrários à série, por não verem como poderia ajudar na busca por Madeleine, e devido à investigação policial, ainda ativa, que, na visão do casal, poderia inclusive ser atrapalhada.
Em 2011, a mãe da menina, Kate, publicou o livro "Madeleine", no qual relata o "pesadelo sem fim" e "as visões horríveis" que teve sobre o paradeiro da filha.
Reviravoltas no caso
No fim de abril, notícias informaram que o caso pode ter uma reviravolta. Em entrevista ao jornal Daily Star, o cientista Mark Pelin, da empresa Cybernetics e que participa da investigação do caso Madeleine McCann, contou que 18 amostras de DNA recolhidas na época do desaparecimento de Madeleine foram enviadas aos Estados Unidos e podem dar novas pistas sobre o sumiço da menina.
Trata-se de um dos laboratórios mais conceituados em análises de DNA do mundo. Foi a Cybernetics que ajudou a descobrir, por exemplo, a identidade de partes de corpos encontrados no World Trade Center no atentado ao prédio em 11 de setembro de 2001.
À época, os exames realizados a partir das amostras colhidas no caso Madeleine foram inconclusivos, mas, com o avanço tecnológico, há esperança de que, com as mesmas amostras, as investigações possam progredir.
Migalhas Quentes.
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