22 DE OUTUBRO DE 2016
Biblioteca, doce biblioteca
Wilhan Santin-
Especial para a Folha.
O juiz Juliano Nanuncio começou a sua biblioteca ainda criança: admiração por Monteiro Lobato | Anderson Coelho.
A rotina de trabalho de Juliano Nanuncio, 36 anos, não é das mais fáceis. Ele é o titular da 3ª Vara Criminal de Londrina e juiz exclusivo da operação que investiga casos de corrupção na Receita Estadual do Paraná, a Publicano. Tem muito a fazer e decisões importantes a tomar. Passa boa parte do dia lendo peças jurídicas.
Quando chega em casa, Nanuncio continua a ler. Mas, sempre que possível, deixa as obras inerentes à profissão de lado e mergulha no mundo da literatura, aproveitando o acervo da biblioteca particular que foi formando, livro a livro, desde menino.
Ainda na infância, entre uma brincadeira e outra pelas ruas de Jandaia do Sul (18 quilômetros a Oeste de Apucarana), era leitor de Pedro Bandeira, Ziraldo, Ana Maria Machado, Ruth Rocha e de Monteiro Lobato, que ele considera "o maior de todos". Por sinal, lamenta que uma das obras de Lobato, "Caçadas de Pedrinho", de 1933, tenha ido parar no banco dos réus do Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de racismo.
O seguimento ao processo foi negado pelo ministro Luiz Fux, em dezembro de 2014.
"A educação existe para ensinar as pessoas a lerem e interpretarem, entendendo o contexto no qual a obra está inserida. Toda criança precisa aprender a ser independente. E, pela leitura, isso se torna mais fácil", defende Nanuncio.
( OBS: O juiz está com 39 anos, hoje)
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