domingo, 2 de junho de 2019

UM POEMA QUE ESTÁ FAZENDO 57 ANOS

ORGULHO Imagem relacionada

                                               (Luiza Válio)

Vejo-te passar longe, aos olhos meus tão perto,
Que a alma se extasia, numa visão fremente,
E cuido para que não sintas, nem pressintas
O amor que entrou em meu sangue, grandiloquente.

Segues num orgulho ferino, que resguardo
O meu próprio, numa força contida e agreste
E, embora eu sofra, só espere e desespere,
Não quero que me afrontes se a saber vieres.

Amo-te pela firmeza- eu, tão insegura;
Pela serenidade com que encaras tudo
Que temo fazer de ti sonho e realidade
E esquecer de dar arrimo ao meu próprio rumo.

(Poema criado em 1962; aos 11 anos de idade)

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